Recorde do Ibovespa reforça confiança no ajuste fiscal

Fonte: reprodução/Mspost

O Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, acumula bons resultados, atingindo o recorde de 140 mil essa semana. Especialistas ouvidos pelo BP Money justificam essa alta com o compromisso fiscal do BC (Banco Central) e avanços fiscais no governo.

De acordo com o economista Bruno Cotrim, da casa de Análise Top Gain, o atual cenário, em que o mercado está atento à situação fiscal, representa uma oportunidade para investidores comprarem ações com boas taxas de juros e títulos baratos no Brasil.

“Esse cenário fiscal e até a postura do Banco Central em estar mantendo essa leitura de subir taxa de juros para ajudar a combater a inflação é visto com bons olhos pelo gringo”, afirma. 

O Ibovespa fechou acima dos 140 mil pontos pela primeira vez na história, renovando a máxima pelo segundo dia consecutivo na última terça-feira (20). De acordo com relatório divulgado pelo Morgan Stanley, a tendência de alta do Ibovespa pode se manter no médio prazo, com projeção de que o índice alcance 189 mil pontos até meados de 2026.

Segundo o especialista em investimentos Jhonatas Deodato, o mercado tende a premiar os governos que respeitam contratos, reduzem a máquina pública e dão espaço para a iniciativa privada prosperar.

“Quando há qualquer sinal de responsabilidade fiscal como corte de gastos, privatizações ou reformas pró-mercado a confiança aumenta e o Ibovespa reage positivamente”, destaca.

Para Deodato, os setores que mais prosperam nesses cenários são aqueles menos dependentes do Estado. Ele cita exportadoras, commodities, agronegócio e empresas privadas eficientes, o agronegócio continua gerando bons resultados, apesar de tentativas do governo federal de taxar o setor.

Setores em destaque

Os analistas convergem no setor de consumo. Sendo um dos mais voláteis e com respostas diretas a mudanças na percepção do consumidor e na trajetória da taxa de juros, a ciclo de consumo nacional é caracterizado como essencial.

Analista da Aware Investments, Arthur Barbosa confirma as expectativas citando o desempenho de ações como ASAI3, MGLU3 e CYRE3, liderando as altas da bolsa neste ano.

“De modo geral, ações ligadas a consumo possuem maior sensibilidade às expectativas de juros futuros e fatores macroeconômicos, como empresas dos setores de Varejo e Construção Civil. Também incluem nesse grupo empresas com alta alavancagem financeira, visto que uma redução nas expectativas de juros futuros evidencia uma esperança de um resultado financeiro melhor”, conclui.

Ainda é preciso levar em conta o desempenho de bancos que também refletem uma saúde nos indicadores do mercado. Cotrim relembra dos saldos positivos da temporada de balaços do setor:

“O IFNC, que é o índice financeiro da Bolsa, sobe 26% quase no ano. E temos BTG subindo 38%, ITUB subindo 31%, quase. Bradesco 17%, Banco do Brasil subindo 23%. São pontos que acabam favorecendo na questão do empréstimo que é feito pelas instituições financeiras e, consequentemente, a parte de serviço que não tende ainda a ter um arrefecimento.”

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