Eletrobras registra prejuízo de R$ 354 mi no 1TRI25

A Eletrobras (ELET3) reportou um prejuízo líquido de R$ 354 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o lucro de R$ 331 milhões registrado no mesmo período do ano passado. A companhia informou que o resultado foi pressionado por uma menor receita no segmento de transmissão e por custos mais altos com energia comprada para revenda. Esses fatores compensaram o desempenho positivo em geração de energia, a redução de despesas operacionais, menores provisões e o crescimento da contribuição dos resultados de participações societárias.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) regulatório somou R$ 5,49 bilhões, com queda de 3,7% em relação ao primeiro trimestre de 2024. No critério ajustado, o Ebitda caiu 4,1%, para R$ 5,38 bilhões.

A receita operacional líquida regulatória ficou praticamente estável no comparativo anual, em R$ 9,71 bilhões.

No campo financeiro, o resultado ajustado foi negativo em R$ 3,32 bilhões, piorando frente ao resultado negativo de R$ 2,78 bilhões registrado um ano antes.

Apesar do prejuízo, a companhia apresentou redução de 3,8% na dívida líquida ajustada, que encerrou março em R$ 39,27 bilhões. A alavancagem da empresa — medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado — caiu de 2,2 vezes para 1,5 vez no período de um ano.

Expansão na geração e transmissão

A Eletrobras informou que encerrou o primeiro trimestre com 88 usinas em operação, sendo 47 hidrelétricas, 7 termelétricas, 33 eólicas e 1 solar. A capacidade instalada do portfólio atingiu 44.359 megawatts (MW), com 97% provenientes de fontes renováveis, representando cerca de 18% da capacidade total instalada no Brasil. O crescimento em relação ao trimestre anterior foi impulsionado pela entrada em operação comercial do parque eólico Coxilha Negra 4, da CGT Eletrosul.

Na área de transmissão, a empresa ampliou sua malha para 74,1 mil quilômetros de linhas, sendo 67,3 mil km próprios e 6,8 mil km em parceria. A quantidade de subestações totalizou 405 unidades, das quais 293 são de propriedade da companhia.

Venda de térmicas para a J&F

Outro destaque do trimestre foi o avanço no processo de desinvestimento de usinas termelétricas. A Eletrobras, em parceria com a Eletronorte, concluiu parte da transação de venda de ativos ao grupo J&F, levantando aproximadamente R$ 2,9 bilhões. O montante inclui tanto o pagamento pelos ativos quanto a liberação de depósitos vinculados a contratos de fornecimento de gás.

A Eletronorte já recebeu cerca de R$ 600 milhões referentes ao caixa gerado pelas usinas entre a assinatura do contrato e o fechamento da operação. A empresa ainda mantém o direito ao recebimento de um valor adicional de até R$ 1,2 bilhão, referente a cláusulas de earn-out, condicionado ao atingimento de metas acordadas.

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