
A saída estratégica de Nelson Tanure do GPA (PCAR3) abriu espaço para um novo protagonista no capital da empresa: a família Coelho Diniz.
Controladora de uma tradicional rede de supermercados em Minas Gerais, a família aproveitou o movimento de venda em massa de ações por parte de Tanure para ampliar sua participação na companhia, após o empresário ter sido derrotado na votação do conselho na semana passada.
Segundo apuração do Pipeline, os Coelho Diniz hoje somam entre 9% e 10% de participação no GPA, considerando tanto posições diretas quanto indiretas. A movimentação marca uma guinada importante no perfil acionário da varejista.
A mudança de forças no capital da empresa já teve reflexo no novo conselho de administração, que realizou sua primeira reunião recentemente. André Diniz, que representa o grupo mineiro, agora ocupa uma cadeira no board e participou das discussões iniciais da nova gestão.
Entre as prioridades cobradas pelos novos conselheiros estão “senso de urgência” para solucionar o passivo fiscal da companhia e avanços concretos na estratégia digital — uma frente que o GPA ainda precisa fortalecer para se manter competitivo no setor.
A retirada de Tanure também sinaliza o fim de suas ambições de integrar o GPA com a rede Dia, plano que vinha articulando nos bastidores desde que começou a montar sua posição na varejista.
A família Coelho Diniz, por sua vez, parece disposta a ocupar esse espaço com uma abordagem mais voltada para execução e foco operacional.
Conflito de visões: Tanure e Ferri disputam o futuro do GPA
O embate entre Tanure e Ferri ficou ainda mais evidente quando Tanure expressou sua insatisfação com o avanço da chapa de Ferri e do grupo Coelho Diniz, que modificaram a dinâmica interna do GPA.
Para o investidor, o fracasso de sua estratégia em conquistar uma maioria no conselho do GPA é um golpe considerável.
“Optamos apenas por eleger um candidato independente e de nossa confiança, com profundo conhecimento do mercado de varejo, como forma de proteger nosso investimento”, afirmou Tanure à Reuters, após o resultado da assembleia.
Por outro lado, Ferri se mostrou otimista com os resultados, deixando claro que seu objetivo com a eleição de seus representantes no conselho é melhorar a governança da empresa e fazer o GPA valer mais no mercado.
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