
As autoridades dos EUA estão avançando em um acordo comercial com a China, segundo um comunicado da Casa Branca nesta terça-feira (22). O acordo viria em meio à escalada da troca de tarifas recíprocas entre os países.
Uma equipe com 34 integrantes norte-americanos foi enviada por Washington a Pequim nesta semana para avançar nas negociações. A Casa Branca também informou ainda que, no momento, há 18 propostas para acordos comerciais na mesa.
“Perguntei ao presidente sobre isso antes de vir para cá, e ele quis que eu compartilhasse com todos vocês que estamos indo muito bem em relação a um possível acordo comercial com a China”, disse Karoline Leavitt, a repórteres.
EUA sobem tarifas até 3.500% em painéis solares vindos da Ásia
Os EUA deram um passo agressivo contra o que consideram práticas comerciais desleais no setor de energia renovável. O Departamento de Comércio anunciou, na última segunda-feira (21), que imporá tarifas de até 3.521% sobre painéis solares importados de Camboja, Tailândia, Malásia e Vietnã — países que, segundo o governo norte-americano, estariam sendo usados como plataforma para que empresas chinesas burlassem medidas comerciais anteriores.
A decisão é resultado de uma investigação iniciada há cerca de um ano, após queixas de fabricantes norte-americanos como Hanwha Qcells e First Solar.
As companhias alegam que grupos chineses, já sujeitos a tarifas nos EUA, passaram a produzir em nações vizinhas no Sudeste Asiático como forma de contornar as restrições.
O governo norte-americano entendeu que essa estratégia configura dumping — prática de vender produtos a preços artificialmente baixos — apoiada por subsídios ilegais.
As penalidades foram calibradas conforme o nível de colaboração das empresas envolvidas com a investigação conduzida por Washington.
As exportações do Camboja foram as mais severamente atingidas, com a taxa máxima de 3.521%, devido à falta de cooperação.
Entre os alvos principais estão grandes fabricantes com atuação global: a Jinko Solar, que opera na Malásia, recebeu tarifa de cerca de 41%, enquanto a Trina Solar, com linhas de produção na Tailândia, foi penalizada com 375%.
Com a medida, os EUA reforçam sua postura protecionista no setor de energia limpa, buscando proteger a indústria doméstica de concorrência considerada desleal, em um contexto cada vez mais acirrado de tensões comerciais com a China.
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