
A Casa Branca emitiu um comunicado nesta terça-feira (15) onde afirmou que a China encararia tarifas de até 245% como resposta as ações taxativas do país asiático. O documento gerou pânico no mercado, o que levou Washington a emitir uma nova nota esclarecendo a decisão.
O documento não explicava como os EUA chegaram a esse cálculo e foi alterado para justificar que as taxações serão aplicadas apenas a produtos específicos. Confira o novo texto:
“A China enfrenta uma tarifa de até 245% sobre importações para os Estados Unidos como resultado de suas ações retaliatórias. Isso inclui uma tarifa recíproca de 125%, uma tarifa de 20% para abordar a crise do fentanil e tarifas da Seção 301 sobre bens específicos, entre 7,5% e 100%.”
O governo explica as decisões do mandatário republicano e classifica os embargos como forma de “nivelar o campo de atuação, além de proteger a segurança nacional dos EUA”, afirma.
De acordo com o jornal chines Global Times, o porta voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Lin Jian, respondeu a jornalistas que questionassem os norte-americanos o valor específico das tarifas.
Dólar despenca a R$ 5,85 acompanhando exterior com política dos EUA
O dólar fechou nesta segunda-feira (14) em queda frente ao real, em uma sessão que foi, no geral, positiva para ativos de países emergentes como o Brasil. O movimento ocorreu após os EUA anunciarem isenção tarifária para alguns produtos eletrônicos, incluindo os vendidos pela China.
As expectativas dos norte-americanos para a inflação no curto prazo atingiram, em março, o maior nível desde outubro de 2023, em meio a uma deterioração na avaliação do público sobre suas finanças pessoais e perspectivas de contratação. Segundo o InfoMoney, a informação foi divulgada em um relatório do Fed (Federal Reserve) de Nova York nesta segunda-feira.
O banco afirmou que, em sua recente Pesquisa de Expectativas do Consumidor, os entrevistados veem a inflação daqui a um ano em 3,6%, superior aos 3,1% registrados em fevereiro — igualando o nível observado em outubro de 2023.
A divisa norte-americana fechou com queda de 0,30%, a R$ 5,852 na compra e na venda. Na B3 (B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,55%, aos 5.850 pontos.
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