

Junho chegou e, com ele, o inverno. A estação, que tem início oficial no dia 21, é marcada pela queda nas temperaturas, o que também afeta os animais.
Nos dias frios, eles podem apresentar sinais de desconforto, que devem ser percebidos pelo tutor para que seja feita a prevenção de doenças sazonais.
As baixas temperaturas podem impactar a homeostase térmica dos animais, como explica a veterinária Roberta Krepp. “Em situações de frio intenso, ocorre vasoconstrição periférica, o que pode levar à hipotermia, redução da imunidade e maior susceptibilidade a infecções respiratórias, como traqueobronquites e pneumonias”, alerta.
A especialista destaca que algumas características podem contribuir para que os impactos sejam maiores no frio. “Animais de pelagem curta, pequeno porte ou magros têm maior dificuldade em manter a temperatura corporal. Além disso, em algumas raças predispostas, o frio pode agravar quadros articulares, como a osteoartrite, causando dor e dificuldade de locomoção.”
Cuidados especiais no frio
Roberta explica que, em geral, os cuidados com os animais no frio são os mesmos aplicados no resto do ano: alimentação balanceada, atividades físicas e hidratação. No entanto, para alguns animais, pode ser preciso alguns ajustes na rotina. “Em animais que passam mais tempo expostos ao frio, como os que vivem em áreas externas, o gasto energético pode aumentar para manter a termorregulação. Neste caso, pode ser necessário um pequeno ajuste calórico na dieta, planejado com orientação veterinária”, destaca.
A veterinária aponta, também, para a importância da hidratação nos dias de baixa umidade: “Também é importante garantir a ingestão adequada de água, pois a tendência é que os animais bebam menos em dias frios, o que pode predispor a distúrbios urinários, especialmente em felinos.”
Quanto às roupinhas para pets, Roberta afirma que elas podem se úteis. “O uso é recomendado para animais mais sensíveis ao frio, como cães de pelagem curta, raças pequenas, idosos ou doentes. A roupa ajuda a reduzir a perda de calor por condução e convecção, auxiliando na manutenção da temperatura corporal.” A veterinária alerta para alguns cuidados na hora da escolha: elas devem ser confortáveis, com tecido respirável e não podem restringir os movimentos ou causar atrito em áreas como axilas e pescoço. “Também é preciso retirá-las regularmente para verificar a pele e, assim, evitar dermatites e garantir a ventilação adequada.”

Sinais de alerta
Quando se sentem incomodados com o frio, os animais demonstram, e de forma bem evidente. A veterinária Patrícia Sartori explica que os sinais são semelhantes aos que percebemos em nós mesmos. “O animal apresenta tremores, contrações musculares e começa a se esconder demais. Ele tende a buscar locais mais quentes, como debaixo de cobertores, dentro de armários ou até atrás da geladeira.”
Por isso, é importante que o tutor se mantenha atento, pois os sinais podem indicar sintomas de doenças da estação. De acordo com a veterinária Roberta Krepp, durante o outono e o inverno, as doenças respiratórias são mais comuns, especialmente em ambientes com aglomeração, como pet shops, creches e clínicas.
Os sintomas incluem tosse seca ou produtiva, espirros frequentes, corrimento nasal ou ocular, letargia, perda de apetite, febre, e, em casos mais graves, o pet pode apresentar dificuldade respiratória.
Ao perceber qualquer um desses sintomas, a orientação é procurar um médico veterinário o quanto antes para a avaliação e o tratamento adequado. A vacinação em dia também é fundamental para a prevenção.
*estagiária sob supervisão da editora Gracielle Nocelli
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