
O banco suíço Lombard Odier pretende aumentar sua aposta no Brasil após a saída de concorrentes diretos do país. O banco pretende dobrar sua operação local em até cinco anos.
Após a aquisição do Credit Suisse pela UBS e a venda da das operações do Julius Baer no Brasil, o Lombar Odier está livre dos concorrentes e se preparando para crescer no Brasil e captar novos clientes.
“Elegemos o Brasil com um dos 15 principais mercados do mundo. Na América Latina, é o único que decidimos ter uma presença local e é onde mais crescemos. E queremos evoluir para ser a referência internacional do mercado” disse Marc Braendlin, head da Lombard Odier, ao NeoFeed.
O banco não divulga o quanto tem sob assessoria e gestão por regiões, mas afirmou que o Brasil é estratégico pelo tamanho e pela possibilidade de crescimento offshore. Mundialmente, o Lombard Odier é focado na gestão de fortunas e atende clientes com, pelo menos, US$ 3 milhões em liquidez. O banco suiço compete, no Brasil, com grandes private bankings. O mercado tem cerca de R$ 2,3 trilhões sobre gestão, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Atualmente, o Lombard Odier está focado no mercado brasileiro. Em março de 2025, o banco suíço foi certificado como consultoria e passou a assessorar investimentos onshore pela primeira vez fora da Europa.
O plano do banco é operar no Brasil como um wealth manager (multicustódia), observando em quais plataformas existem melhores oportunidades para os clientes locais e fazendo aconselhamento de forma independente. “Somos um dos líderes de wealth internacionalmente, mas o mercado brasileiro ainda é muito fechado, e entendemos que para agregar valor e atender o cliente como um todo precisávamos atender o local. E mesmo do ponto de vista de contratação de profissionais, vimos que não tínhamos como atrair os melhores talentos sem os dois lados”, disse Braendlin em entrevista ao NeoFeed.
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