
O último dia da semana prometia ser tranquilo, antes das idas e vindas do IOF movimentarem o mercado na véspera e nas primeiras horas desta sexta-feira (23). É neste cenário que o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores nacional abre em queda.
Por volta das 10h15 (horário de Brasília) o marcador apresentava um recuo de −1,61%, aos 135.067 pontos.
Já o dólar comercial seguia o sentido contrário do Ibovespa, ao passo que avançava 0,21%, cotado a R$ 5,73.
O dia seguinte ao pacote fiscal do governo foi marcado por ajustes estratégicos diante da repercussão negativa.
Após o anúncio de uma série de medidas para reforçar o caixa — entre elas, o congelamento de gastos e o aumento do IOF —, o governo voltou atrás em parte do decreto poucas horas depois de sua publicação.
Ibovespa reage a recuo no IOF após reunião emergencial no Planalto
O Ibovespa repercutiu a decisão dos ministros da área política e econômica, além de técnicos jurídicos.
Na noite de quinta-feira (22), uma reunião emergencial no Palácio do Planalto reuniu ministros da área política e econômica, além de técnicos jurídicos.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também foi consultado e se posicionou contra a proposta de elevação das alíquotas, o que pesou na decisão final.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, justificou o recuo como um ajuste necessário à luz de novas informações: “Depois de informações recebidas, percebemos que valia a pena revisar medidas do IOF”, declarou.
O que muda na prática
A alíquota de IOF sobre aplicações de fundos brasileiros em ativos no exterior, que subiria de zero para 3,5%, não será mais alterada.
Também foi mantida a atual taxa de 1,1% para remessas ao exterior destinadas a investimentos pessoais, afastando o temor de uma tributação mais pesada sobre operações legítimas, como compra de imóveis ou envio de recursos para aplicações.
A rápida reversão mostra a sensibilidade do governo ao impacto de suas medidas fiscais — tanto nos mercados quanto entre aliados e instituições.
O episódio também ilustra o grau de tensão que envolve a busca por equilíbrio fiscal, especialmente em um cenário de cobranças por responsabilidade nas contas públicas.
Agenda do dia
Indicadores
▪️ 03h00 – Alemanha: PIB do 1Tri (final)
▪️ 03h00 – Reino Unido: Vendas no varejo em abril
▪️ 07h00 – OCDE divulga relatório de estatísticas do comércio no 1Tri
▪️ 08h00 – FGV: Prévia do IPC-S de maio
▪️ 11h00 – EUA: Vendas de moradias novas em abril
▪️ 14h00 – EUA: Dados de petróleo da Baker Hughes
Eventos
▪️ Roma: Negociações nucleares entre EUA e Irã
▪️ 09h30 – EUA: Alberto Musalem e Jeffrey Schmid (Fed) participam de evento
▪️ 13h00 – EUA: Lisa Cook (Fed) discursa
▪️ 14h00 – Palestra de Galípolo em seminário da FGV IBRE
▪️ 15h00 – EUA: Treasuries fecham mais cedo, às vésperas do Memorial Day
▪️ 16h30 – Palestra do diretor do BC Paulo Picchetti em seminário da FGV IBRE
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