Nvidia perdeu 50% na China após sanções dos EUA, diz CEO

CEO da Nvidia (NVDA), Jensen Huang (Foto: divulgação)

Durante sua participação na feira Computex, em Taiwan, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, declarou que as sanções dos EUA contra a exportação de chips levaram a uma forte retração da empresa no mercado chinês.

Segundo ele, a participação da Nvidia na China despencou de 95% para 50%, consequência direta das medidas impostas por Washington.

Huang não poupou críticas às ações do governo americano, classificando as restrições como um “fracasso” que tem afetado mais as companhias dos EUA do que a própria China.

De acordo com o executivo, as barreiras comerciais impulsionaram o país asiático a acelerar o desenvolvimento interno de semicondutores.

As declarações surgem em meio ao aumento das tensões entre Estados Unidos e China no setor de tecnologia.

Em resposta à mais recente rodada de restrições americanas, o Ministério do Comércio chinês reagiu com veemência, chamando as medidas de “excessivas” e “intimidadoras”, além de exigir que Washington “corrija seus erros”.

Nvidia tenta se equilibrar entre EUA e China

As restrições em questão fazem parte da chamada regra de difusão de IA, criada sob o governo Biden e posteriormente descartada pela gestão Trump.

Um novo conjunto regulatório ainda está em elaboração, de acordo com a atual administração.

Nesse cenário de crescente rivalidade tecnológica, a Nvidia tenta manter uma delicada neutralidade.

Na semana passada, Jensen Huang esteve com Donald Trump na Arábia Saudita, ocasião em que foi elogiado pelo ex-presidente como “amigo” e reconhecido pelos avanços da empresa em inteligência artificial.

Apesar do diálogo constante com autoridades americanas, Huang continua mantendo vínculos relevantes com a China.

Em abril, afirmou ao Congresso dos EUA que o país asiático está rapidamente se aproximando dos EUA na disputa pela liderança em inteligência artificial, destacando os avanços da Huawei, que estaria desenvolvendo chips de última geração para competir com a Nvidia.

A empresa, inclusive, anunciou recentemente a aquisição de um novo escritório em Xangai, reforçando sua presença física na região. No entanto, a Nvidia deixou claro que não transferirá propriedade intelectual nem projetos sensíveis de suas unidades gráficas para o novo espaço.

Durante conversas com representantes chineses, Huang reiterou o compromisso da empresa com o mercado local, ao mesmo tempo em que adapta seus produtos às exigências regulatórias dos EUA para continuar operando nos dois maiores mercados do mundo.

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