Azul (AZUL4) tem nota rebaixada pela S&P para “CCC-”

Foto: Divulgação/Azul

A agência de crédito internacional S&P Global Ratings rebaixou a noda de crédito da Azul (AZUL4) nesta terça-feira (20) de “CCC+” para “CCC- “, devido ao aumento de risco de inadimplência. A perspectiva da avaliadora de crédito empresarial é de prejuízo para a companhia no médio prazo.

Em relatório, a classificadora afirma que a companhia aérea continuou a ter uma significativa queima de caixa ao longo do primeiro trimestre, o que diminui a sua liquidez.

A S&P também revisou a classificação das notas seniores sem garantia com vencimento em 2026 para “CCC-”. O índice de recuperação ficou inalterado em nível 6 e o rating da agência para a companhia aérea foi igualmente atualizado para “brCCC-”.

“O rebaixamento reflete nossa avaliação de que a liquidez muito apertada da Azul aumenta o risco de inadimplência nos próximos meses”, comenta S&P. A empresa americana prevê que as necessidades com despesas da Azul fiquem entre R$ 7,4 bilhões e R$ 7,8 bilhões no segundo trimestre de 2025.

Apesar da companhia aérea ter obtido R$ 600 milhões em financiamento adicional aos detentores de títulos, a operação oferece um montante no curto prazo com vencimento em 120 dias. As informações foram apuradas pelo portal InfoMoney.

“A empresa enfrenta saídas de caixa significativas relacionadas a elevadas despesas financeiras e de arrendamento, e acreditamos que o acesso a financiamento adicional esteja bastante restrito após duas reestruturações de dívida nos últimos anos”, disse a S&P.

Azul (AZUL4) tem lucro líquido de R$ 1,6 bi no 1º trimestre de 2025

Azul Linhas Aéreas (AZUL4) encerrou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 1,6 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 1 bilhão registrado no mesmo período do ano anterior. O desempenho positivo foi impulsionado por um ambiente favorável de demanda e crescimento nas operações.

No entanto, ao se considerar os efeitos não recorrentes, como variações cambiais, a companhia apresentou um prejuízo ajustado de R$ 1,8 bilhão — um aumento de 460% nas perdas em relação ao ano anterior.

A receita líquida da empresa cresceu 15,3% no período, totalizando R$ 5,3 bilhões. O transporte de passageiros foi responsável por R$ 5 bilhões desse montante, também com alta de 15,2%.

No total, 7,9 milhões de passageiros foram transportados nos três primeiros meses do ano, o que representa um crescimento de 9,8% em comparação ao primeiro trimestre de 2024.

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