O Morgan Stanley revisou as previsões para a economia dos EUA em 2025 e prevê um enfraquecimento do dólar americano nos próximos meses. Em informações divulgadas ao mercado nesta quarta-feira (20) a instituição prevê que cortes nas taxas de juros pelo Fed só ocorrerão no segundo semestre de 2026.
O banco acredita que os mercados acionários dificilmente retornarão aos níveis mínimos registrados em abril, já que as quedas até então foram reações ao choque inicial das tarifas. Estrategistas indicam que a agenda econômica futura tenderá a ser mais flexível com cortes que poderão sustentar um desenvolvimento mais acelerado.
A instituição afirma que a diferença no crescimento em relação a outras economias do Grupo dos dez maiores países do mundo irá reduzir, o que levará a uma desvalorização em sequência da moeda americana. As informações foram apuradas pelo portal Exame
Revisão das previsões econômicas e perspectivas para o mercado de títulos
O Morgan Stanley adotou uma postura mais otimista para ações de títulos do tesouro dos EUA e elevou sua recomendação para o mercado e títulos soberanos norte-americanos. Saindo da posição neutra para overwight, o relatório assinado por Serena Tang destaca que o índice S&P 500 alcance 6.500 pontos até o segundo trimestre de 2026.
Apesar das incertezas políticas, a economia global permanece em expansão, embora com desaceleração do ritmo. O relatório destaca a expectativa de uma flexibilização monetária importante e benefícios advindos da desregulamentação.
Morgan Stanley recomenda comprar ações dos EUA após rebaixamento
Na avaliação de Michael Wilson, estrategista do Morgan Stanley, investidores devem aproveitar eventuais quedas nas ações dos EUA como oportunidade de compra, mesmo após o rebaixamento da nota de crédito do país na última sexta-feira (16). Segundo ele, a trégua comercial com a China reduz as chances de uma recessão, o que favorece o mercado acionário no médio prazo.
Wilson vê uma maior probabilidade de correção nos mercados após o corte de rating pela Moody’s Ratings, que elevou os rendimentos dos títulos de 10 anos acima do nível crítico de 4,5%. Ainda assim, “seríamos compradores de tal queda”, escreveu o estrategista em relatório, segundo o Valor.
Rebaixamento da Nota de Crédito dos EUA
Os futuros do S&P 500 operaram no campo negativo nesta segunda-feira (19) em reação ao rebaixamento, que a Moody’s justificou com base no déficit orçamentário crescente dos EUA — um problema que, segundo a agência, mostra poucos sinais de reversão.
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