
Operação na fronteira e em São Paulo mira família que girou R$ 10 milhões em descaminho. Mandados de busca e apreensão são cumpridos em Foz do Iguaçu, Cascavel e na cidade paulista de São José do Rio Preto, nesta quinta-feira, 15.
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Sanguinis, o nome da intervenção deflagrada, é conduzida pela Polícia Federal (PF), com apoio da Receita Federal. O efetivo mobilizado reúne 20 agentes federais e quatro auditores fiscais e analistas tributários.
A investigação sustenta que o grupo era formado por membros de uma mesma família, com atuação estruturada. As atividades incluíam a importação irregular de produtos do Paraguai e a sua distribuição no comércio, especialmente em São Paulo.
Operação mira descaminho
O esquema passou a ser investigado após apreensões de grandes quantidades de aparelhos celulares em São Paulo e no Paraná. Os eletrônicos eram escondidos em fundos falsos de móveis comercializados por uma das empresas investigadas, até misturados a peças de motocicletas.
As apurações, mediante análises financeiras, chegaram a movimentações bancárias atípicas. Esse fluxo girou em torno de R$ 10 milhões somente relacionados ao principal alvo da operação e sua empresa, citou a PF.
Um dos alvos da operação foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, uma submetralhadora, que escondida na sua residência. Os responsáveis poderão responder por:
- descaminho;
- ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores de origem ilícita;
- outros crimes que possam surgir com o avanço da investigação.
Modus operandi
Os investigadores sustentam indícios de utilização de empresas de fachada e pessoas interpostas para ocultar a origem e a destinação de recursos financeiros ilícitos do grupo. As análises também indicam ausência de atividade econômica real de uma das empresas.
Essa firma ainda apresentaria movimentação de valores incompatíveis com as rendas declaradas. Além disso, foi observado o elevado padrão de vida do investigado e de sua esposa. Juntos, são elementos que reforçam a suspeita de “dissimulação patrimonial típica da lavagem de capitais”, expôs a RFB.
A designação da operação, Sanguinis, é um termo do latim e faz referência a “laços de sangue”. Portanto, é um referência aos vínculos familiares entre os integrantes do que está sendo chamado pelas autoridades de “organização criminosa”.
(Todas as informações são da Polícia Federal e da Receita Federal.)
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