Lula diz que não quer ter de escolher entre EUA e China

Toquio ( Japão ) 27/03/2025 – O Presidente Lula concede uma entrevista coletiva á imperensa eantes de se despedir do Japão . Foto : Marcelo Hide/Fotospublicas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta terça-feira (22) que não deseja ver o Brasil envolvido em uma possível nova Guerra Fria, nem ter que escolher entre os EUA ou a China, reafirmando a defesa do multilateralismo e do livre comércio.

“Eu não quero Guerra Fria. Eu não quero fazer opção entre os Estados Unidos ou China. Eu quero ter relações com os EUA, eu quero ter relação com China”, disse o presidente Lula durante declaração à imprensa.

O petista fez as declarações durante a chegada ao Itamaraty, para um almoço com o presidente do Chile, Gabriel Boric.

“Eu quero negociar com todo mundo, eu quero vender e comprar. Fazer parceria”, acrescentou o presidente brasileiro. 

Na visão de Lula, por conta de sua importância e tamanho na América Latina, o Brasil tem que assumir o papel de indutor.

O presidente também reiterou seu entendimento de que a política de comércio internacional adotada pelos EUA não é boa nem para os norte-americanos nem para “nenhum lugar do mundo”.

Além disso, Lula defendeu a importância do multilateralismo e que é necessário sentar à mesa para negociar “por mais difícil que seja”, segundo o Money Times.

Lula: governo projeta queda de 96% nas despesas não obrigatórias

A equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) projeta uma queda drástica nas despesas discricionárias — os chamados gastos não obrigatórios — ao longo dos próximos quatro anos.

De acordo com a proposta da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026, apresentada na terça-feira (15), esse tipo de despesa deve cair de R$ 221,2 bilhões em 2025 para apenas R$ 8,9 bilhões em 2029 — uma retração de 96%.

Economistas enfatizam que os números evidenciam um estrangulamento orçamentário com potencial para paralisar a máquina pública após o atual mandato de Lula. As despesas discricionárias englobam investimentos públicos, custeio da máquina estatal e o pagamento de emendas parlamentares.

Na prática, o corte sinaliza que, se não houver mudanças no arcabouço fiscal ou revisão de regras constitucionais, o governo ficará sem margem para implementar novas políticas públicas ou manter serviços básicos funcionando a partir de 2027 — ano imediatamente após as eleições presidenciais.

Segundo as projeções oficiais, o montante disponível para esse tipo de gasto passará de R$ 208,3 bilhões em 2026 para R$ 122,2 bilhões em 2027. A tendência de queda se acentua nos anos seguintes, até chegar ao piso de R$ 8,9 bilhões ao final da década. O cenário foi classificado como “comprometedor” pelo secretário do Orçamento Federal, Clayton Montes, que afirmou: “Isso já comprometeria a realização de políticas públicas”.

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