
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (22) que não tem “nenhuma intenção” de demitir o presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, antes que seu mandato à frente do Banco Central norte-americano termine no próximo ano.
“Nenhuma, absolutamente nenhuma. Nunca tive essa intenção”, disse Trump no Salão Oval, de acordo com o InfoMoney.
“Eu gostaria de vê-lo ser um pouco mais ativo em relação à sua ideia de reduzir as taxas de juros”, acrescentou o presidente dos EUA. “Este é o momento perfeito para baixar as taxas de juros.”
Os futuros de ações nos EUA subiram acentuadamente em todos os principais índices após os comentários de Trump.
O republicano, que tem pressionado Powell a cortar as taxas de juros na esperança de impulsionar o crescimento econômico, afirmou na semana passada sobre o presidente do Fed: “Se eu quiser que ele saia de lá, ele sairá muito rápido.”
Já na segunda-feira (21), Trump chamou Powell de “grande perdedor” e exigiu que ele baixe as taxas imediatamente.
Trump pode mesmo demitir o presidente do Fed? Entenda
O nome de Jerome Powell voltou ao centro do debate político e econômico nos Estados Unidos após novas declarações de Donald Trump sugerirem sua intenção de retirar o atual presidente do Federal Reserve do cargo.
Isso porque, a controvérsia tem girado em torno da legalidade dessa possível demissão, do impacto nos mercados e da independência do banco central norte-americano.
A possibilidade de o presidente dos EUA demitir o presidente do Fed não é clara. A Lei do Federal Reserve de 1913 afirma que os membros da diretoria — incluindo o chair — podem acabar removidos apenas por “justa causa”.
Além disso, a legislação não especifica o que constitui “justa causa”, mas a interpretação tradicional considera que se refere a má conduta, e não à discordância com a política monetária.
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