A empresa francesa de moda Hermès se tornou, nesta terça-feira (15) a marca de luxo mais valiosa do mundo. A companhia teve seu valor de capital alcançando US$276,3 bi, superando sua rival LVH Moët Hennessy Louis Vuitton SE, que acumulava US$275,09 bi no índice CAC40 da França, referência na bolsa de Paris.
O resultado veio após queda de 8,4% das ações da LVMH, uma reação dos investidores a uma diminuição de 3% nas vendas da companhia. A expectativa de analistas consultados pela agência Reuters era de uma alta de 2% no desempenho.
O baixo desempenho é creditado a desaceleração da demanda na Chins e EUA, maiores compradores de artigos de luxo do mundo. As nações estão em meio a uma guerra comercial tarifária e tem causado incerteza no mercado de bens de consumo em escala mundial.
“Em ambientes incertos, as pessoas tendem a buscar qualidade e segurança. Acho que a Hermès, no setor de luxo, claramente representa isso”, afirma Jelena Sokolova, analista da Morningstar.
A reviravolta no mundo da moda de luxo culminou com o primeiro trimestre de menor desempenho da LVMH. A atualização de status da Hermes como detentora da coroa de mais valiosa se reflete numa mudança da fortuna das duas fabricantes de luxo.
Disputa no mercado de luxo
O conglomerado tentou comprar a fabricante da famosa bolsa Birkin há 15 anos e finalizou o 1T25 com receita de US$22,4 bilhões. Cecile Cabanis, chfe de finanças da LVMH, destacou que os artigos de luxo da companhia ainda estão bem-posicionados nos EUA.
A baixa atividade foi da marca de varejo voltada para o grande público, Sephora, assim como de conhaques e produtos de beleza ligados a companhia. O grupo LVHM é composto por Louis Vuitton, Dior, Givenchy, Bulgari e Tiffany & Co.
Estratégias e resultados
A Hermès, com as suas icónicas carteiras Kelly e Birkin, seguiu um caminho diferente ao longo dos anos. Manteve a sua empresa mais pequena, visando os super-ricos, e manteve um sentido de exclusividade. Esta abordagem, embora mais lenta, tem sido bem-sucedida — sobretudo em alturas em que os consumidores estão mais seletivos.
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