O mercado brasileiro de ações voltou a dar sinais de fragilidade. Entre os dias 2 e 10 de abril de 2025, as companhias listadas na B3 perderam, juntas, R$ 141,8 bilhões em valor de mercado, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta. No fim do dia 10, a capitalização total das empresas da bolsa somava R$ 4,08 trilhões, ante os R$ 4,22 trilhões registrados no início do mês. As informações são da consultoria Elos Ayta.
No epicentro dessa queda está a Petrobras, responsável por mais da metade da perda total do mercado no período. A petroleira viu seu valor de mercado recuar R$ 88,7 bilhões em apenas oito dias, atingindo R$ 417,6 bilhões. O montante remete a patamares que não eram observados desde agosto de 2023, sinalizando um forte movimento de desvalorização.
A Vale aparece logo em seguida, com um recuo de R$ 17,7 bilhões. A mineradora encerrou o dia 10 de abril valendo R$ 225,3 bilhões. Fechando o pódio das maiores perdas está a PetroRio, com R$ 5,5 bilhões a menos em valor de mercado, totalizando R$ 27 bilhões.
Outros setores estratégicos também sentiram o baque. O Banco do Brasil perdeu R$ 4,5 bilhões; a Gerdau, quase R$ 3,5 bilhões; e a operadora Tim, R$ 2,6 bilhões. Até empresas com trajetória positiva nos primeiros meses do ano, como a Embraer e o Santander Brasil, sofreram ajustes relevantes.
No total, as dez companhias com maiores perdas no período somaram R$ 133,5 bilhões em desvalorização, representando 94% da queda total da B3. O setor de exploração e refino foi o mais atingido, com três representantes entre os maiores recuos: Petrobras, PetroRio e Brava.
O cenário reflete um momento de tensão no mercado, com investidores reagindo a ruídos fiscais, aversão ao risco no exterior e perspectivas incertas para o crescimento da economia global.
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