Grãos de luxo: conheça os cafés mais caros do mundo

No universo dos cafés especiais, a busca por experiências únicas tem atraído tanto consumidores quanto produtores. Tal tendência é influenciada por práticas rigorosas de produção que garantem qualidade e sabor incomparáveis. Assim, a demanda por cafés excepcionais continua a crescer, o que impulsiona o mercado global.

De acordo com a Organização Internacional do Café (OIC), o comércio mundial da bebida movimenta bilhões anualmente, o Brasil lidera como o maior produtor e exportador. Na safra de 2023/2024, a produção atingiu 171,4 milhões de sacas de 60 quilos.

Café pode ser mais caro, conforme as técnicas de cultivo – Imagem: reprodução/Content Pixie/Pexels

O que torna um café o mais caro?

Vários fatores contribuem para que um café seja considerado valioso, como a raridade e o método de produção, pois processos exclusivos, igual ao cultivo seletivo e técnicas de fermentação, influenciam o sabor. Além disso, o terroir, que abrange condições ambientais específicas, desempenha um papel importante.

O cultivo dos cafés mais caros segue práticas exigentes, por exemplo, a colheita dos frutos maduros costuma ser manual e as técnicas de fermentação são muito bem controladas. Já a secagem é realizada em pequenos lotes, sob condições rigorosas. Tais cuidados garantem um produto final de qualidade superior.

Veja alguns exemplos de cafés de alto valor que seguem procedimentos sofisticados de produção:

  • Kopi Luwak: originário da Indonésia, envolve civetas que consomem cerejas de café, o que resulta em um café suave e complexo que pode chegar a US$ 1.000 por quilo (R$ 5.721,902*);

  • Black Ivory: produzido na Tailândia com elefantes, esse café tem uma fermentação que proporciona um sabor único e baixa acidez e pode passar de US$ 2.000 por quilo (R$ 11.443,80*);

  • Geisha: cultivado no Panamá, tal produto é famoso por suas notas florais e frutadas e até já quebrou recordes de preço em leilões internacionais, ao ser comprado por US$ 1.029 (R$ 5.887,84*) por libra (cerca de 453 gramas).

Como iniciar a produção de cafés especiais

Para ingressar no mercado de cafés especiais, é importante selecionar variedades adequadas ao terroir local. Implementar práticas sustentáveis e investir em métodos de colheita seletiva e processamento cuidadoso são fundamentais. Participar de competições e buscar constante feedback também são passos importantes.

Complementar a isso, certificações de qualidade, como Rainforest Alliance e UTZ, agregam valor ao café, pois elas garantem práticas sustentáveis e abrem portas para mercados internacionais. Já a rastreabilidade possibilita que consumidores conheçam a origem do café, desde a fazenda até a xícara, o que fortalece a confiança no produto.

Assim, o mercado de cafés mais caros do mundo é tão diverso quanto fascinante. A combinação de práticas meticulosas, terroir único e certificações de qualidade transforma o café em uma experiência sensorial incomparável. A busca por sabores exclusivos eleva o café a um patamar de luxo e atrai apreciadores pelo mundo.

* Valores de conversão consultados no dia 19 de fevereiro de 2025.

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