Inflação se estabiliza em 5,65% após 19 semanas de alta

Após 19 semanas consecutivas de aumento, a projeção para a inflação em 2025 se manteve estável em 5,65%, segundo o boletim Focus divulgado dia 5 pelo Banco Central (BC). A pesquisa semanal, que reúne estimativas de instituições financeiras, indica que a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ainda deve encerrar o ano acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Pelo novo regime de metas contínuas, a inflação tem como referência um centro de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Isso significa que o limite máximo aceitável seria de 4,5%, abaixo da projeção atual do mercado. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC já havia indicado que o índice deve ultrapassar esse patamar em 2025.

Além da inflação, o boletim Focus manteve a expectativa para a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano no encerramento de 2025, projeção que permanece inalterada há oito semanas. Para 2026, a estimativa é de que os juros fiquem em 12,5% ao ano. Atualmente, a Selic está em 13,25%, com o Copom sinalizando uma possível elevação para 14,25% na reunião de março.

No que diz respeito ao crescimento econômico, as projeções do mercado também não sofreram alterações. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano segue em 2,01%. Já para 2026, o boletim aponta crescimento de 1,7%, enquanto para 2027 e 2028 a expectativa é de avanço de 2%.

Inflação

Inflação é o aumento contínuo e generalizado dos preços de bens e serviços em uma economia ao longo do tempo, reduzindo o poder de compra da moeda. Quando a inflação está alta, o dinheiro perde valor, o que significa que é necessário gastar mais para adquirir os mesmos produtos e serviços. Esse fenômeno pode ser causado por diversos fatores, como aumento da demanda, custos de produção mais elevados, desvalorização da moeda e políticas econômicas.

O controle da inflação é essencial para a estabilidade econômica e, para isso, os governos utilizam instrumentos como a taxa de juros, que pode ser elevada para desestimular o consumo e reduzir a pressão sobre os preços. No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o principal indicador usado para medir a inflação, sendo acompanhado de perto por investidores, empresas e autoridades econômicas.

(Com Agência Brasil).

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