Flores da noite: conheça três espécies que só desabrocham no escuro

Enquanto a maioria das flores acompanha o ciclo do sol, abrindo-se pela manhã e recolhendo-se ao entardecer, algumas espécies seguem um ritmo diferente. São flores que desabrocham apenas à noite, revelando cores e perfumes intensos sob a luz da lua.

Esse comportamento tem uma razão: elas evoluíram para atrair polinizadores noturnos, como mariposas e morcegos, garantindo sua reprodução.

Além da função biológica, essas flores despertam curiosidade e fascínio por seu florescimento incomum. Suas formas e fragrâncias, muitas vezes discretas durante o dia, tornam-se protagonistas do cenário noturno.

Flores da noite para ter em casa e perfumar o lar

1. Nymphae lotus

A flor se abre ao anoitecer, transformando lagos em verdadeiros jardins flutuantes sob a luz da lua. (Foto: Harry Dona/Pexels)

Flutuando sobre lagos e lagoas, a Nymphaea lotus se destaca pelo espetáculo que proporciona ao cair da noite. Suas pétalas brancas, às vezes com tons rosados, se abrem ao entardecer e fecham pela manhã, criando um reflexo encantador na água. Seu perfume adocicado atrai polinizadores noturnos, garantindo a perpetuação da espécie em ambientes aquáticos.

Além de sua importância ecológica, o lótus-branco possui um profundo simbolismo cultural no Antigo Egito. A flor era associada à criação e ao renascimento, emergindo das águas escuras e desabrochando com a luz, simbolizando o ciclo diário de renovação.

O lótus também estava ligado ao deus Nefertum, frequentemente representado com uma coroa de lótus, simbolizando beleza e rejuvenescimento.

Apesar de sua aparência delicada, essa flor demonstra grande resistência. Suas raízes permanecem fixadas no fundo dos lagos, enquanto as folhas largas ajudam a regular a temperatura da água e fornecem abrigo para pequenos animais.

Muitas plantas aquáticas acompanham o ritmo do dia, mas a Nymphaea lotus floresce quando a noite se instala, criando um espetáculo único sob a luz da lua.

2. Jasmim-árabe

Durante o dia, suas pétalas permanecem fechadas. Mas, ao anoitecer, o jasmim-árabe desabrocha e exala sua fragrância única. (Foto: sirichai_raksue/Getty Images)

Conhecido por seu perfume marcante, o jasmim-árabe se transforma quando o sol se põe. Durante o dia, suas pétalas permanecem fechadas, mas, ao anoitecer, desabrocham e liberam um aroma adocicado, que pode ser sentido a metros de distância. Essa característica faz com que a flor seja amplamente utilizada na produção de chás, óleos essenciais e perfumes.

Mais do que uma flor ornamental, o jasmim-árabe carrega significados profundos em diversas culturas. Na Índia e no Oriente Médio, é símbolo de amor e pureza, sendo usado em casamentos e cerimônias religiosas. Seu nome científico, Jasminum sambac, reflete sua origem tropical e sua popularidade em regiões de clima quente.

Apesar de parecer frágil, a planta é resistente e de fácil cultivo. Em jardins, pode ser conduzida em treliças e cercas, criando um espetáculo visual e aromático nas noites quentes. Seu florescimento noturno reforça a ideia de que algumas belezas se revelam apenas no momento certo.

3. Prímula

Além de encantar com sua floração noturna, a prímula é valorizada pelo óleo extraído de suas sementes, usado em tratamentos naturais. (Foto: ouchi_iro/Getty Images)

Por último, a prímula noturna tem um ciclo de vida peculiar. Durante o dia, suas pétalas amareladas permanecem discretamente fechadas, mas, ao anoitecer, elas se abrem em um processo rápido e fascinante. Essa transformação repentina cria um efeito visual impressionante, chamando a atenção de polinizadores que se guiam pelo brilho suave da flor.

Além de seu papel ecológico, a prímula também é conhecida por suas propriedades medicinais. Seu óleo é utilizado há séculos no tratamento de inflamações e problemas de pele, enquanto suas flores são aproveitadas na produção de chás com efeitos calmantes. Em algumas culturas, acredita-se que a planta tem o poder de afastar energias negativas.

Adaptável a diferentes tipos de solo, a prímula cresce com facilidade e resiste a variações climáticas. Seu desabrochar noturno é um lembrete da complexidade da natureza, onde cada espécie tem seu próprio ritmo. Enquanto muitas flores esperam o nascer do sol, a prímula escolhe brilhar na escuridão.

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