Conselho Latino-Americano da Água é constituído em Foz do Iguaçu

Conselho reúne entidades governamentais, da sociedade civil, empresas e órgãos internacionais. Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional

O Conselho Latino-Americano da Água (CLA) promoveu, na última terça-feira (6), em Foz do Iguaçu, sua primeira assembleia, marcando a constituição da entidade multilateral, formada por 23 entidades de todo o continente.

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Reconhecida por seu trabalho na gestão de águas transfronteiriças, Itaipu Binacional é uma das integrantes do conselho, que elegeu sua primeira mesa diretora e definiu que a próxima reunião ocorrerá nos dias 15 e 16 de março de 2025 em Buenos Aires.

O presidente eleito do CLA foi o engenheiro civil Benedito Braga, que é também presidente honorário do Conselho Mundial da Água (WWC, na sigla em inglês).

Para Braga, os maiores desafios da América Latina em relação aos recursos hídricos são aumentar o potencial hidrelétrico, as áreas irrigadas e o transporte hidroviário, além de formar uma governança das bacias hidrográficas.

“Nesses tempos de transição energética, nosso continente tem a capacidade de desenvolver ainda mais esta fonte de energia renovável, a hidroeletricidade. Ela hoje responde por 45% da oferta de energia no continente latino-americano, mas temos um potencial enorme, de 677 gigawatts, dos quais apenas 25% são utilizados”, destacou.

O objetivo do CLA é integrar as políticas públicas de gestão da água e desenvolver ações, projetos e programas de forma conjunta. As entidades estão divididas em quatro grupos: governos nacionais, instituições internacionais, empresas, e associações técnicas e da sociedade civil.

Na primeira composição do conselho, seis países estão representados por seus órgãos gestores dos recursos hídricos, como a Agência Nacional da Água (ANA), no Brasil. Os demais são Peru, Argentina, México, Paraguai e Uruguai.

Itaipu integra o grupo das instituições internacionais, ao lado do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Banco Latino-Americano de Desenvolvimento (CAF), do Programa Hidrológico Intergovernamental (IHP) da Unesco, do Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola (IICA) e da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

(Com informações de Itaipu Binacional)

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