Tok&Stok: acionistas rejeitam proposta que viabiliza OPA

Fonte: divulgação/Tok&Stok

A disputa da Mobly (MBLY3) ganhou um novo capítulo. Os acionistas da empresa rejeitaram, em assembleia nesta quarta-feira (30), uma proposta que abriria caminho para a OPA (oferta pública de aquisição) feita pelos fundadores da Tok&Stok.

O objetivo da ação era retirar do estatuto da empresa uma cláusula conhecida como “poison pill”. A partir desse mecanismo os compradores eram obrigados a comprar grandes fatias ou fazer uma OPA das ações de uma empresa após atingir determinado percentual de participação acionária.

Porém, antes que a ata produzisse efeito, a Justiça entrou em cena com a suspensão de todas as decisões tomadas — inclusive a rejeição da proposta que poderia beneficiar a família Dubrule, segundo o Seu Dinheiro.

A alegação do juiz André Salomon Tudisco é que para a análise da documentação e avaliação dos riscos é necessário mais tempo.

A Mobly foi a responsável por pedir a suspensão judicial, que trava há semanas uma verdadeira guerra societária contra os Dubrule. 

A empresa afirmou que a tentativa de mudar o estatuto teria sido articulada em conjunto com a home24 e os fundadores da Tok&Stok, em uma estratégia para facilitar a OPA, a empresa é maior acionista da Mobly, com 44,4%. A família já negou qualquer tentativa de conluio​.

Mobly diz que proposta dos Dubrule para Tok&Stok não é ‘inviável’

Em um movimento surpreendente, a família Dubrule anunciou sua intenção de adquirir o controle da Mobly. Após perderem para a gestora SPX na disputa sobre o futuro da Tok&Stok no ano passado, na proposta da Dubrule, a família declarou estar dispostos a pagar metade do valor de mercado da empresa.

“É uma oferta inviável. Acho que nunca aconteceu na história brasileira uma proposta a 50% do preço de tela e sem um racional para esse valor”, diz Victor Noda, CEO, cofundador e conselheiro da Mobly, ao Pipeline.

“A ação da Mobly nunca foi negociada abaixo de R$ 1,30. O último PL estava na casa R$ 400 milhões, que foi o mesmo valuation da transação com a Tok&Stok”, complementa o CEO.

Os fundadores da marca enviaram uma carta ao conselho de administração da Mobly na última sexta-feira (28).

O documento, assinado por Régis Edouard Alain Dubrule, Ghislaine Thérèse de Vaulx Dubrule e Paul Jean Marie Dubrule, declara que o objetivo é adquirir o controle da Mobly, com a possibilidade de adquirir até 100% das ações da empresa.

A oferta pública de ações (OPA) proposta pelos Dubrule envolve a compra de todas as ações da Mobly (122.763.403), ao preço de R$ 0,68 por ação. Esse valor representa um desconto de 51% em relação ao fechamento de R$ 1,35 do papel na última sexta-feira. Se concretizada, a operação totalizaria aproximadamente R$ 83,4 milhões.

“Os potenciais ofertantes têm a convicção de que o sucesso da OPA beneficiará a Mobly, a Tok&Stok e todos os stakeholders das referidas companhias — inclusive os atuais acionistas que optarem por vender suas ações no leilão da OPA, assegurando-lhes liquidez ao seu investimento”, afirmam os interessados.

O post Tok&Stok: acionistas rejeitam proposta que viabiliza OPA apareceu primeiro em BPMoney.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.