Indicação de Lula e Bolsonaro afasta eleitorado juiz-forano de candidatos

O Instituto Paraná Pesquisas divulgou, no último domingo (28), uma pesquisa de opinião pública em Juiz de Fora. Com a alta rejeição do eleitorado juiz-forano a candidatos indicados por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), os postulantes a chefe do Executivo municipal dos mesmos partidos do presidente e do ex-presidente são os mais citados após a pergunta “Em quem você não votaria de jeito nenhum?”. Apesar disso, também são os primeiros na intenção de voto, quando os nomes possíveis não são apresentados pelo instituto. Também foi averiguada a aprovação da população da cidade aos governos municipal, estadual e federal.

O levantamento, encomendado pelo PL, entrevistou 710 eleitores, pessoalmente, entre a última terça-feira (23) e sábado (27). Pelo menos 142 entrevistas foram auditadas pelos supervisores do Paraná Pesquisas. O grau de confiança é de 95% e a margem de erro, de 3,8 pontos percentuais. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o número MG-07948/2024 para o cargo de Prefeito.

Pesquisas estimuladas

O instituto de pesquisas apresentou dois cenários aos respondentes: um com Margarida Salomão (PT), Delegada Ione (Avante), Charlles Evangelista (PL), Júlio Delgado (MDB), Isauro Calais (Republicanos) e Victória Mello (PSTU), e outro sem a última candidata. Dos seis, apenas Charlles e Victória ainda não tiveram as candidaturas confirmadas em convenções partidárias.

No primeiro cenário, Margarida tem 37,2% das intenções de voto, Ione tem 20,4%, Charlles tem 11,1%, Júlio tem 10,4%, Isauro tem 5,8% e Victória tem 1,3%. Não sabem ou não responderam foram 5,9% e 7,9% votariam em branco ou nulo.

No segundo cenário, Margarida cresce 0,1 ponto percentual, Ione cresce 0,6, Charlles e Júlio têm mais 0,2, e Isauro, 0,3 pontos. O total somando os que não responderam e os que anulariam o voto se mantém o mesmo.

Polarização nacional reflete no município

Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, a maioria dos eleitores (67,6%) não saberia em quem votar ou não respondeu. A atual prefeita, Margarida Salomão, aparece em primeiro, com 19,2%, seguida por Charlles Evangelista e Delegada Ione, com 2,8% cada. Júlio Delgado tem 1,1% e Isauro Calais não chega a 1%, assim como outros nomes citados.

Os candidatos dos partidos de Lula e Bolsonaro são citados de forma bem mais expressiva na rejeição eleitoral estimulada. Margarida não receberia, de jeito nenhum, o voto de 34,4% dos eleitores, e Charlles, de 26,5%. Ione é rejeitada por 19,3%, Júlio por 15,4%, e Isauro e Victória por 14,1%, sendo que cada eleitor poderia responder mais de um candidato. Os que não sabem ou não responderam foram 11,8%.

A rejeição aos partidos que fizeram o segundo turno das últimas duas eleições presidenciais é ainda mais evidente quando se verifica o impacto da indicação de um outro político, na decisão de votar em um candidato a prefeito. O apoio do ex-presidente Bolsonaro faria com que 48,5% dos eleitores jamais votassem em um candidato, enquanto o do presidente Lula tem o mesmo efeito para 47,5%. Até mesmo o apoio do governador Romeu Zema (Novo) teria o poder de afastar 39,4% das pessoas que responderam à pesquisa.

Avaliação dos governos

O governo de Margarida é aprovado por 64,4% e reprovado por 31,1% dos eleitores, enquanto 4,5% não sabem ou não opinaram. A maior parte (31,4%) considera a administração boa ou regular (29,3%). Seguem os que consideram ótima (16,9%) e péssima (14,8%), enquanto 5,9% consideram o governo municipal ruim, e 1,7% não sabe ou não opinou.

O governo de Zema tem 59,2% de aprovação e 36,1% de desaprovação, enquanto 4,8% não sabem ou não opinaram. A administração é considerada boa por 34,1% dos eleitores, e regular por 29,9%. Em seguida, 13,8% dos juiz-foranos consideram péssima, 9,9%, ótima, e 9,4%, ruim. Três por cento não sabem ou não responderam.

Já a administração de Lula é a que tem índices mais próximos, no eleitorado da cidade: 48,3% aprovam e 47,3% desaprovam, com 4,4% que não sabem ou não opinam. É também a considerada péssima (30,3%) ou regular (25,2%) pela maior parte. Em seguida, 23,4% consideram um bom governo, 10,3%, ótimo, e 8,6%, ruim. Os que não sabem ou não opinaram foram 2,3%.

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