
Em meio a uma trajetória fiscal cada vez mais preocupante, os EUA tiveram sua nota de crédito rebaixada pela Moody’s. A agência global de classificação de risco retirou o país do topo da escala, rebaixando a avaliação de “Aaa” para “Aa1”.
A decisão reflete não apenas o crescimento persistente do déficit público, mas também a ausência de sinais concretos de reversão desse cenário.
Boa parte dessa deterioração fiscal é atribuída à elevação expressiva dos gastos governamentais, com destaque para a área de defesa. Novos projetos militares — como o desenvolvimento dos caças F-47 e F-55, além da atualização do F-22 — estão entre os principais motores dessa expansão orçamentária, segundo o Money Times.
Ao mesmo tempo, medidas pontuais de desoneração, como a isenção de Imposto de Renda sobre gorjetas no setor de serviços, não têm sido suficientes para conter o avanço das despesas. Apesar de cortes anunciados em programas como o Medicare, essas reduções representam apenas ajustes simbólicos frente ao volume de gastos projetado.
EUA: impacto do rebaixamento e perspectivas futuras
Para os próximos anos, o déficit público dos EUA deve crescer entre US$ 3 trilhões e US$ 5 trilhões — em direção oposta às expectativas do mercado, que aguardava um movimento de maior austeridade fiscal, especialmente diante da possível retomada do governo por Donald Trump.
Na prática, porém, o que se observa é um cenário de expansão fiscal contínua, que levanta dúvidas sobre a credibilidade financeira do país.
Com o rebaixamento, é natural que investidores comecem a questionar se ainda vale a pena manter alocações significativas em ativos norte-americanos — sobretudo no dólar, tradicionalmente visto como “porto seguro” por sua estabilidade e liquidez.
O post EUA têm nota de crédito rebaixada pela Moody’s apareceu primeiro em BPMoney.