(Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (24) que a reação do mercado à proposta de taxação de investimentos no exterior não foi desproporcional. “Não considerei exagerada”, disse ele, ao comentar as críticas à medida anunciada e depois parcialmente revogada pelo governo.
Haddad também negou que haja desalinhamento dentro do Executivo na condução da política econômica.
O monistro negou qualquer falta de sintonia dentro do Executivo. “Nem sempre há um acompanhamento em minúcia das várias medidas que tomamos”, afirmou, argumentando que “as questões regulatórias não passam pelo Congresso porque são de fácil progressão”.
Haddad: mudança no IOF é menor que no governo anterior
O ministro ressaltou que o governo atual aplica alíquotas do IOF inferiores às praticadas na gestão anterior. “Nós estamos praticando um IOF menor que o governo anterior”, afirmou.
Segundo o chefe da pasta, apesar de o governo anterior não ter reduzido formalmente as alíquotas, manteve-as em patamar elevado. “As alíquotas praticadas no governo anterior, todas elas são maiores do que as comparadas hoje”, completou.
Ao comentar a revisão do decreto que previa a taxação de 3,5% sobre aplicações de fundos brasileiros no exterior, Haddad minimizou tanto o impacto fiscal da mudança quanto os rumores de descompasso interno no governo.
De acordo com ele, a alteração terá um efeito estimado inferior a R$ 2 bilhões em 2025 e, proporcionalmente, algo em torno de R$ 4 bilhões em 2026.
O ministro também fez uma comparação com um episódio anterior, destacando que a reação do mercado foi mais intensa em dezembro, quando o governo apresentou um projeto de lei sobre Imposto de Renda voltado a pessoas com renda de até R$ 5 mil. “Não considerei exagerada, bastante diferente do que aconteceu em dezembro”, avaliou.
O post Haddad minimiza reação do mercado e nega desalinhamento no governo apareceu primeiro em BPMoney.
