O banco norte-americano Jefferies iniciou a cobertura das ações da Magazine Luiza (MGLU3) com a recomendação de “Compra” a um preço alvo de R$ 13,60, com um potencial de valorização de 47,6% em relação ao fechamento do pregão de quarta-feira (21). A informações foram distribuídas em relatório a clientes nessas quinta-feira (22).
Os papéis registraram queda de 4,06%, cotados a R$ 9,21 encerramento da bolsa. Na avaliação do Jefferies, o preço-alvo calculado implica uma relação EV/Ebitda 7,2x no fim de 2025. Analistas caracterizaram o Magazine Luiza como “varejista versátil com melhoras nos retornos e valuation descontado.”
“O momento de vendas está fraco, mas espera-se uma melhora devido à expansão de crédito e novas iniciativas”, afirmam os analistas do Jefferies, que preveem melhora das margens sem novos investimentos, o que deve elevar o retorno sobre o capital investido da empresa (representado pela sigla RoIC).
A alavancagem, apontada como um dos principais desafios da empresa, também está em trajetória de queda. O índice, que chegou a 12,7 vezes o Ebitda no primeiro trimestre de 2022, recuou para 4,5x atualmente. As informações foram apuradas pelo portal Invest.
Impacto da taxa de juros e posição estratégica
O Jefferies calcula que uma redução de 1 ponto percentual na taxa de juros pode aumentar o lucro antes de impostos (EBT) da varejista em até 166%.
O banco também destaca a posição estratégica do Magazine Luiza para o próximo ciclo de consumo de bens duráveis no país, além de elogiar a atuação omnichannel da empresa, que inclui desde serviços financeiros até soluções em nuvem.
Expectativas para o cenário macroeconômico
A expectativa de início de queda na Selic entre o fim de 2025 e início de 2026, a instituição acredita que o Magalu está bem-posicionado para capturar os benefícios de um novo ambiente macroeconômico.
“O Magalu tem superado os concorrentes desde 2021 e está bem-posicionado para o próximo ciclo de taxas de juros e bens duráveis no Brasil”, completam os analistas do Jefferies.
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