O grupo Portobello, importante ator no varejo de cerâmicas, prepara uma antecipação de recebíveis em um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) estruturado pela Caixa Econômica federal e o banco Votorantim. O fundo já captou 75% de um montante de R$ 160 milhões e será usado pela companhia catarinense para o fluxo de capital de giro.
“O FIDC se insere na cadeia e na jornada da companhia. Todos nós queremos crescer e aumentar a rentabilidade. Quando a gente faz isso, consegue apoiar nosso fornecedor e atender as necessidades da empresa”, diz John Suzuki, CEO (presidente executivo) da Portobello.
Como apurou o portal NeoFeed, a operação é a primeira realizada fora do eixo Rio-São Paulo pela Caixa. O órgão atua na linha de financiamentos habitacionais. A expectativa é de que a captação seja concluída até o fim de maio. “Nosso capital alocado precisa estar voltado ao crescimento, inovação e evolução tecnológica, E não em capital de giro”, complementa.
Atualmente são 190 fornecedores ativos no FIDC e 20 em cadastro na empresa. Entre os fornecedores da companhia que poderão se beneficiar da operação financeira estão, segundo a empresa, de multinacionais de grande porte até empresas prestadoras de serviços, como transportadoras.
“Como a demanda é maior do que oferecemos, a gente procura direcionar os valores para aqueles que têm mais necessidade imediata e que são parceiros relevantes da Portobello”, complementa o CEO.
Planejamento financeiro e redução de endividamento
No planejamento financeiro da Portobello está o processo de redução de endividamento da companhia, hoje em R$ 982,2 milhões. No último balanço, houve uma redução de R$ 100 milhões sobre o quarto trimestre de 2024
“Quando nosso parceiro nos garante mais prazo estendido e tem uma necessidade de capital mais rápido, ele se apoia no FIDC a um custo bem mais competitivo” diz o dirigente.
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