O Ibovespa renovou a máxima história durante o pregão desta segunda-feira, 19, operando acima dos 140 mil pontos.
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Por volta das 15h10 a cotação do Ibovespa era de 140.071. A última máxima história do índice havia sido no pregão do dia 13 de maio, quando chegou a 139.419,00 pontos.
A bolsa de valores opera com alta de 0,51% nesse contexto, buscando se firmar no território positivo após uma abertura mais fraca, com JBS capitaneando as altas, conforme se aproxima assembleia de acionistas para votar a dupla listagem das ações da companhia nos Estados Unidos e no Brasil.
De acordo com analistas do BB Investimento, o rompimento de resistências históricas pelo Ibovespa e o comportamento das médias são consistentes com a continuidade da tendência de alta, mas a figura gráfica do último pregão e o IFR em zona de sobrecompra sugerem uma correção técnica.
“Ainda que dentro da tendência principal de alta”, afirmaram em relatório de análise técnica semanal do índice, acrescentando que, em alta, o Ibovespa deve perseguir a barreira dos 140 mil pontos. E caso corrija a rota, estimaram, o topo anterior de 137,6 mil operará como primeira linha de suporte.
Em Nova York, o S&P 500 também se afastava das mínimas, após ainda reagir mais cedo à decisão de sexta-feira da Moody’s de cortar a nota de crédito dos EUA de “Aaa” para “Aa1”, citando dívida e juros crescentes, “que são significativamente mais altos do que os de soberanos com classificação semelhante”.
O noticiário externo também mostrou que a produção industrial na China cresceu 6,1% em abril ante o mesmo período do ano anterior, mostraram dados da agência nacional de estatísticas, desacelerando em relação aos 7,7% de março, embora acima da previsão de aumento de 5,5% em uma pesquisa da Reuters.
As vendas no varejo subiram 5,1% em abril, abaixo da alta de 5,9% em março e da previsão de expansão de 5,5%.
No Brasil, IBC-Br, calculado pelo Banco Central e considerado um sinalizador do PIB, avançou em março 0,8%, em dado dessazonalizado, acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,5%, e mostrou aceleração em relação à alta de 0,5% registrada em fevereiro após revisão.
Destaques do Ibovespa
JBS (JBSS3) subia 3,6%, com investidores na expectativa de assembleia de acionistas no próximo dia 23 para decidir sobre a dupla listagem, que muitos no mercado veem como um evento que deve destravar valor relevante nas ações. Analistas do JPMorgan reiteraram “overweight”, avaliando que o plano será aprovado.
Marfrig (MRFG3) caía 5,6%, após fechar com um salto de 21,35% no último pregão, em meio ao anúncio de que pretende incorporar a BRF. BRF ON perdia 2,84%, tendo ainda no radar a suspensão de importações de carne de frango do Brasil por vários países após caso de gripe aviária.
Vale (VALE3) recuava 0,13%, acompanhando o comportamento dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com queda de 0,89%, a 722,5 iuans (US$100,15) a tonelada.
Petrobras (PETR4) perdia 0,22%, em meio a variações modestas dos preços do petróleo no exterior. O barril do Brent cedia 0,05%, a US$65,38.
Banco do Brasil (BBAS3) caía 2%, ainda sob efeito da decepção com os números do primeiro trimestre do banco e descolado do tom mais positivo nos bancos, que forneciam suporte relevante ao Ibovespa, entre eles Itaú, que subia 1,35%, e Bradesco, que avançava 1,3%,
Motiva (MOTV3) ganhava 0,52%. A companhia anunciou a contratação de Lazard e Itaú Unibanco como assessores financeiros para avaliar uma possível transação envolvendo seus ativos aeroportuários. A empresa disse que um processo competitivo está em andamento.
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