
O Atlético-MG acumulou dívidas significativas ao parcelar aquisições de jogadores que somam mais de R$ 150 milhões.
O clube deixou de pagar diversas parcelas, gerando disputas judiciais e desconfiança no mercado.
O cenário expõe riscos à credibilidade da SAF e levanta preocupações entre investidores.
Corinthians, Athletico-PR, Cuiabá e Botafogo já cobram o clube mineiro por inadimplência.
As ações ocorrem justamente na semana prevista para a divulgação do balanço financeiro da SAF.
Atlético-MG investiu alto, mas falhou na execução financeira
O clube parcelou todas as contratações da última janela. No entanto, falhou em manter os pagamentos em dia.
O Corinthians, por exemplo, acionou a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) após não receber pela venda do volante Fausto Vera, negociado por R$ 22 milhões.
Ao mesmo tempo, o Athletico-PR denuncia a falta de repasses pela compra de Cuello, adquirida por R$ 36 milhões.
De acordo com o presidente Mario Celso Petraglia, o Atlético não pagou sequer a primeira parcela.
Esses atrasos geram insegurança jurídica e podem impactar a relação com futuros fornecedores.
Clubes reagem e mercado observa com cautela
O Cuiabá também recorreu à CNRD. A direção do clube não conseguiu um acordo após o Atlético atrasar o pagamento de R$ 4,5 milhões pela compra de Deyverson.
Além disso, o Botafogo espera receber pela venda de Júnior Santos, fechada por R$ 48 milhões, mas também enfrenta inadimplência.
Apesar dos altos valores investidos, o clube vive um momento financeiro delicado.
Em abril, por exemplo, atrasou salários do elenco, o que reforça a instabilidade.
Balanço pode definir rumo da SAF do Atlético-MG
O clube desmarcou a coletiva do CEO Bruno Muzzi, prevista para esta semana.
A justificativa foi o encerramento da auditoria.
Ainda assim, o cancelamento ampliou as dúvidas sobre a situação real da SAF.
SAF pertence a grupo liderado por empresários mineiros
A SAF do Atlético-MG é controlada pela Galo Holding, formada por empresários e conselheiros ligados ao clube.
Entre os principais nomes estão Rubens Menin (MRV), Rafael Menin e Ricardo Guimarães (BMG).
O grupo adquiriu 75% da SAF por R$ 1 bilhão, prometendo profissionalização e solidez. No entanto, os recentes atrasos colocam o modelo sob escrutínio.
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