Sadia, Perdigão, Montana, Bassi e receita de R$ 152 bi: entenda a fusão da Marfrig com a BRF

Nesta quinta-feira, 15, a Marfrig e a BRF anunciaram a fusão de seus negócios. Com isso, a nova companhia será denominada como MBRF.

Esse movimento, de acordo com a Marfrig, que já era a maior acionista da BRF, visa fortalecer sua presença global, “potencializa sinergias estratégicas, operacionais e fiscais e solidifica a posição de liderança nos diversos mercados onde atuam, alavancando vantagens competitivas do negócio e gerando valor”.

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Veja abaixo a lista das principais marcas da BRF e Marfrig no Brasil:

  • Sadia
  • Perdigão
  • Qualy
  • Claybom
  • Deline
  • Banvit
  • Bassi
  • Bassi Angus
  • Montana
  • Montana Steakhouse
  • Viva
  • GJ
  • Pampeano
  • Revolution
  • Bona Pet

Receita de R$ 152 milhões

A BRF e Marfrig somaram nos últimos 12 meses uma receita líquida consolidada de R$ 152 bilhões e detêm 38% do portfólio global de produtos processados.

A transação prevê a incorporação das ações da BRF pela Marfrig em uma relação de troca de 0,8521 ação da Marfrig por cada ação da BRF detida, que já considera a distribuição máxima de proventos pelas companhias, sendo 2,5 bilhões de reais pela Marfrig e 3,5 bilhões de reais pela BRF.

Como parte da negociação, a operação prevê que os acionistas da BRF e da Marfrig sejam beneficiados com um expressivo pagamento de proventos. A BRF distribuirá até R$ 3,52 bilhões em proventos e a Marfrig, por sua vez, distribuirá R$ 2,5 bilhões.

“A fusão entre a Marfrig e a BRF é um movimento necessário para que possamos avançar com capturas de sinergias estratégicas e continuar crescendo nossos negócios em todo o mundo. Hoje, com a MBRF, começamos um novo capítulo da nossa história e estamos pavimentando um futuro promissor”, diz Marcos Molina, controlador e presidente dos Conselhos de Administração de Marfrig e BRF.  

As empresas também anunciaram a convocação de uma assembleia geral extraordinária de acionistas da Marfrig e da BRF para o dia 18 de junho, para deliberar sobre a incorporação das ações.

Como ficará a combinação de negócios entre a BRF e a Marfrig?

As empresas informaram que extraíram o máximo de sinergias possíveis até o momento, mas que para uma próxima etapa de capturas adicionais, a combinação de negócios é essencial.

“As sinergias já mapeadas foram agrupadas e somam um total de R$ 805 milhões por ano, sendo entre R$ 400 e R$ 500 milhões previstos para os primeiros 12 meses e o restante no médio e longo prazo”, apontou a nota.

Na frente de receitas e custos, por meio de iniciativas de cross-selling e sinergias na cadeia de suprimentos, a nova companhia deve chegar a R$ 485 milhões por ano.

Foto da sede da Marfrig
Foto da sede da Marfrig (Crédito:Divulgação/Marfrig)

Fusão significa também redução de despesas

Estima-se uma redução de despesas na ordem de R$ 320 milhões anuais, com iniciativas como a unificação de estrutura comercial e logística, consolidação de um sistema operacional único e otimização da estrutura corporativa.

Seguindo as regras tributárias vigentes, a companhia também poderá se beneficiar de otimização fiscal, como, por exemplo, a aceleração da monetização de créditos tributários nas esferas federal e estadual. A estimativa é que essa frente deva gerar R$ 3 bilhões a valor presente.

A operação traz também uma oportunidade na América do Norte, que considera a possibilidade de ‘redomiciliação’. Segundo as empresas, isso traz “vantagens significativas”, como alta liquidez no mercado norte-americano, acesso a custos de capital mais atrativos e um potencial reavaliação dos múltiplos das empresas.

“Nossos valores em comum serão a base para que possamos continuar nossa trajetória de crescimento. Mantendo a disciplina financeira e o nosso foco em valor agregado, estou certo de que estamos iniciando um novo capítulo de sucesso com a MBRF. Vamos seguir gerando ainda mais valor para os nossos acionistas, parceiros, clientes, consumidores, colaboradores e para a sociedade”, finaliza Marcos Molina.

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