
As bolsas globais operam sem direção definida no pré-mercado desta terça-feira (13), enquanto os investidores aguardam dados importantes sobre a inflação nos EUA.
A expectativa é de que o índice de preços ao consumidor (CPI) mantenha-se em 2,4% na comparação anual de abril. Já na variação mensal, a projeção da Bloomberg aponta um avanço de 0,3%, revertendo a queda de 0,1% registrada no mês anterior — movimento atribuído, em parte, à elevação recente de tarifas sobre produtos importados.
O resultado, que será divulgado às 9h30 (horário de brasília), ainda gera apreensão nos mercados, mesmo após o recente acordo entre Washington e Pequim, que diminui os temores de uma recessão, mas não elimina os riscos econômicos.
No Brasil, o foco da manhã está na divulgação da ata do Copom, prevista para as 8h, que pode trazer pistas sobre o fim do atual ciclo de alta da taxa Selic, atualmente em 14,75%.
Na B3, o mercado digere os resultados corporativos divulgados na noite anterior, com destaque para a Petrobras, que teve um lucro 48,6% maior no primeiro trimestre, mas enfrentou reação negativa no after market em Nova York. Nesta terça, os holofotes também se voltam para os balanços de JBS e Nubank.
EUA
Os futuros dos principais índices norte-americanos recuam nesta terça-feira (13), após a expressiva valorização registrada no pregão anterior. O movimento ocorre em meio à cautela dos investidores, que ainda avaliam os desdobramentos do novo acordo comercial entre EUA e China, enquanto aguardam a divulgação dos dados de inflação ao consumidor referentes a abril.
A projeção mediana do consenso da LSEG aponta uma alta de 0,3% em relação a março e de 2,4% na comparação anual.
Na segunda-feira, Washington e Pequim surpreenderam ao anunciar uma redução temporária nas tarifas de importação mútua, que passarão de 125% para 10%, representando um importante gesto de distensão nas tensões comerciais.
A medida inclui uma trégua de 90 dias para novas negociações, embora persistam incertezas sobre os próximos passos após esse período.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: -0,16%
S&P 500 Futuro: -0,32%
Nasdaq Futuro: -0,46%
Bolsas asiáticas
Na Ásia, os mercados encerraram o dia sem direção única, refletindo o sentimento dividido quanto à efetividade da trégua tarifária. Investidores da região demonstram ceticismo diante da ausência de detalhes sobre o futuro das relações comerciais entre as duas potências.
Shanghai SE (China), -0,17%
Nikkei (Japão): +1,43%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,86%
Kospi (Coreia do Sul): +0,04%
ASX 200 (Austrália): +0,43%
Bolsas europeias
Enquanto isso, as bolsas da Europa abriram em alta, impulsionadas pela percepção de alívio na disputa comercial e por resultados corporativos positivos.
Entre os destaques, as ações da Bayer dispararam 11% após a farmacêutica superar as expectativas de lucro e receita no trimestre, dando fôlego adicional aos índices do continente.
STOXX 600: +0,18%
DAX (Alemanha): +0,10%
FTSE 100 (Reino Unido): +0,01%
CAC 40 (França): +0,08%
FTSE MIB (Itália): +0,35%
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