Agora é oficial: Panasonic deve demitir mais de 10 mil funcionários globalmente. Para este plano de reestruturação, serão afetados igualmente 5 mil funcionários no Japão e outros 5 mil em operações internacionais.
A Panasonic está se movimentando com o intuito de realinhar os seus esforços internos para se adaptar às demandas cada vez mais desafiantes do cenário global atual.
Trata-se de uma resposta direta às dificuldades que a gigante japonesa está enfrentando recentemente em seus segmentos fundamentais de seus negócios.
Os obstáculos são variados: por um lado, a desaceleração mais acentuada do que o esperado no mercado de veículos elétricos (no qual a Panasonic é uma fornecedora estratégica de baterias para a Tesla), pressiona a necessidade por uma reestruturação dos negócios.
Por outro lado, os lucros no setor de climatização e eletrônicos deterioram. A sua divisão de TVs, relançada nos Estados Unidos em 2024 após 10 anos de ausência, não está apresentando o resultado esperado e pode ser abandonada novamente em breve.
Estão previstos gastos de 130 bilhões de ienes (~ US$ 900 milhões) nesta reestruturação, cujo intuito é redirecionar os recursos à consolidação de funções indiretas e à revisão de operações menos rentáveis.

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Em movimento estratégico, Panasonic deve demitir mais de 10 mil funcionários globalmente
Em comunicado, a Panasonic afirmou que as mudanças vão além de cortes: “Estamos conduzindo uma revisão minuciosa da eficiência operacional em todas as subsidiárias, com atenção especial às áreas de vendas e estruturas administrativas.”
O objetivo declarado não é nada moderno, pretende alcançar um lucro operacional ajustado de pelo menos 600 bilhões de ienes (~ US$ 4 bilhões) no ano fiscal que terminará em março de 2027.
Não estão sendo considerados nessa meta os eventuais impactos de medidas protecionistas que surjam no cenário político internacional, como as situações impostas pelas tarifas dos Estados Unidos.
Enquanto prepara reduções consideráveis, a Panasonic também está investindo pesado em seu segmento de baterias para veículos elétricos, que projetou um salto de 39% no lucro operacional para 2026.
Especialistas apontam que a reestruturação é um movimento drástico, mas necessário diante das transformações aceleradas do mercado global de tecnologia. Hiroshi Nakamoto, analista da Mizuho Securities, afirma: “A Panasonic está fazendo o dever de casa, priorizando setores com melhor perspectiva de crescimento e cortando gordura onde é preciso.”
Resta aguardar para observarmos se todas essas medidas serão o suficiente para reposicionar a Panasonic em um cenário cada vez mais competitivo.
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Fonte: engadget

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