Ouro fecha em queda de 3,5% pressionado por alívio geopolítico entre EUA e China

Os preços do ouro registraram forte queda nesta segunda-feira, 12, pressionados pelo alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. As duas maiores potências econômicas anunciaram a suspensão temporária da maioria das tarifas aplicadas uma contra a outra, o que reduziu a demanda pelo metal que é visto como ativo de segurança. A trégua entre Índia e Paquistão também contribuiu para o movimento de baixa, segundo analistas.

Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o contrato do ouro para entrega em junho caiu 3,46%, encerrando o dia a US$ 3.228,0 por onça-troy. A valorização do dólar, que se manteve perto da máxima em um mês, adicionou pressão sobre os preços do metal.

O anúncio do acordo comercial EUA-China é visto como um avanço na tentativa de encerrar a guerra tarifária que vinha impulsionando o ouro ao longo de 2025. De acordo com o Commerzbank, a negociação reduz os riscos de uma recessão desencadeada pela escalada de conflitos comerciais e deve reduzir os riscos inflacionários para os EUA.

Ainda assim, analistas do ING alertam que pairam incertezas sobre o desfecho final das negociações e, de acordo com a diretora do Federal Reserve (Fed), Adriana Kugler, as tarifas americanas sobre produtos chineses ainda permanecem em patamar elevado.

Apesar da correção nesta segunda-feira, analistas avaliam que os fundamentos de longo prazo seguem favoráveis ao ouro. As tensões geopolíticas continuam, bancos centrais ao redor do mundo mantêm políticas monetárias expansionistas, e as preocupações com os níveis de endividamento soberano seguem no radar dos investidores.

Nas projeções mais recentes, o JPMorgan estima que o ouro pode alcançar US$ 4.000 por onça já no segundo trimestre do próximo ano, podendo atingir até US$ 6.000 em 2029, diante dos riscos prolongados de recessão global. O Goldman Sachs, por sua vez, revisou para cima sua estimativa mais recente para 2025, prevendo o metal em US$ 3.700 em 2025.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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