Trump cogita aceitar avião de luxo de R$ 2,2 bi oferecido pelo Catar 

Foto: Molly Riley/via Fotos Públicas

O presidente dos EUA, Donald Trump, está em vias de aceitar um luxuoso Boeing 747-8, avaliado em aproximadamente US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,26 bilhões), como presente da família real do Catar. 

A aeronave, descrita por alguns como um “palácio voador”, serviria como substituta temporária para o atual Air Force One, enquanto o novo modelo oficial não é entregue. O anúncio oficial deve ocorrer durante a visita de Trump ao Oriente Médio, que inclui o Catar.

O governo norte-americano afirma que a transação está em conformidade com as leis anticorrupção e a Constituição, já que o presente será recebido pelo Departamento de Defesa e não diretamente por Trump. Após o término de seu mandato, a aeronave seria transferida para a fundação presidencial de Trump.

Essa movimentação ocorre após atrasos na entrega dos novos aviões presidenciais pela Boeing, com previsão agora para 2029. 

A decisão tem gerado controvérsias, incluindo críticas de aliados políticos de Trump, que questionam a aceitação de um presente tão valioso de um governo estrangeiro.

Avião de luxo do Catar pode contornar impasse com Boeing e virar Air Force One

Em meio aos atrasos da Boeing na entrega de novas aeronaves presidenciais, o governo de Donald Trump estaria considerando uma alternativa inusitada: um avião de luxo oferecido pela família real do Catar, que pode ser convertido para uso oficial como Air Force One.

Segundo a emissora americana ABC News, o Departamento de Justiça dos EUA não vê impedimento legal na aceitação do jato avaliado em US$ 400 milhões — desde que a doação seja feita diretamente à Força Aérea, e não a uma figura individual do governo.

Essa interpretação ajudaria a contornar as restrições constitucionais que proíbem autoridades americanas de receber presentes de governos estrangeiros sem autorização do Congresso.

Impasse com Boeing e adaptação militar em curso

A decisão de Trump surge após seguidos adiamentos por parte da Boeing, que enfrenta dificuldades financeiras e falhas na produção, comprometendo o cronograma de entrega das novas aeronaves presidenciais.

A frustração do presidente com a fabricante ficou evidente em fevereiro, quando afirmou que o novo avião “poderia vir de outro país”.

Enquanto a Casa Branca ainda não comentou oficialmente sobre o caso, informações do Wall Street Journal revelam que a empresa americana L3Harris já foi contratada para iniciar a adaptação do jato catariano.

O trabalho inclui a instalação de sistemas avançados de comunicação, equipamentos médicos de emergência e defesas eletrônicas de alto nível — tecnologias essenciais para qualquer aeronave presidencial.

A movimentação levanta dúvidas sobre precedentes e interpretações legais, mas também escancara a insatisfação de Trump com o status atual do Air Force One e o desejo de marcar sua administração com uma nova imagem, até mesmo nos céus.

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