
A soja e o petróleo registraram altas na manhã desta segunda-feira (12) após o anúncio de redução das tarifas comerciais entre EUA e China. Os preços do petróleo subiram 3% no índice futuro do Brent e WTI dos EUA às 11h48 (horário de Brasília) e a soja foi negociada pelo maior valor em três meses. A decisão dos governos trouxe alívio para os mercados de commodities.
“O petróleo bruto, recentemente sob pressão de um aumento de produção da Opep+, surgiu inicialmente como o maior vencedor, com as notícias ajudando a estabilizar as perspectivas de demanda”, disse o analista do Saxo Bank, Ole Hansen, em uma nota.
“Essas novas taxas retornam as tarifas aos níveis anteriores ao Dia da Libertação e representam uma redução melhor do que os esperados”, disse Ewa Manthey, estrategista de commodities do ING.
O contrato de soja mais ativo da bolsa de Chicago subiu 1,7% ára US$ 10,69 o bushel, próximo ao seu valor mais alto registrado no início de fevereiro. A matéria prima é foi um dos alimentos mais influenciados pelas tarifas norte-americanas, já que a China é o maior importador de soja do mundo e transfere muitas de suas compras para os EUA, segundo maior exportador de soja do mundo.
“As tarifas foram reduzidas por um período limitado, mas não sabemos o que acontecerá depois disso e se (os EUA e a China) conseguirão chegar a um acordo permanente”, disse Callum Macpherson, chefe de commodities da Investec.
EUA e China fecham trégua e reduzem tarifas por 90 dias
Em um movimento que sinaliza uma possível distensão nas relações comerciais entre Washington e Pequim, EUA e China concordaram em aplicar cortes expressivos nas tarifas recíprocas, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira (12).
A medida representa uma pausa estratégica nas hostilidades econômicas entre as duas maiores potências globais.
O acordo prevê uma redução substancial das alíquotas aplicadas por ambos os lados. As tarifas chinesas sobre produtos norte-americanos, que estavam em 125%, serão reduzidas drasticamente para 10%.
O mesmo se aplica às taxas cobradas pelos EUA sobre importações chinesas, que também cairão de 125% para 10%. A mudança representa uma diminuição de mais de 115 pontos percentuais em cada direção.
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