Renda média no DF é o triplo da registrada no Maranhão; veja ranking nacional

O rendimento mensal real domiciliar per capita da população no Distrito Federal é de R$ 3.276, a maior do país, enquanto a do Maranhão, a menor, é de R$ 1.078, revelou a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) – rendimento de todas as fontes, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referente a 2024. Com isso, a renda média na capital federal três vezes maior que a do estado nordestino.

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Comparando as regiões, o Nordeste teve o menor valor de rendimento mensal real domiciliar per capita, com R$ 1.319. E o maior foi registrado no Sul, com R$ 2.499. Entre os estados, São Paulo tem a maior renda per capita, R$ 2.588, seguido por Santa Catarina, R$ 2.544, e Rio Grande do Sul, R$ 2.532. Depois do Maranhão, o Ceará tem a segunda menor renda, R$ 1.210, com Amazonas na sequência (R$ 1.231).

Veja a renda média mensal per capita por unidade da federação

*Em  2024 e em R$

População com rendimento é recorde em 2024

Segundo o IBGE, os patamares recordes dos principais tipos de rendimentos em 2024 estão associados aos aumentos da população com rendimento (143,4 milhões), da população com rendimento habitual do trabalho (101,9 milhões) e da população recebendo aposentadoria e pensão (29,2 milhões).

Já a população que recebe benefícios provenientes de programas sociais do governo também cresceu, indo de 18,6 milhões em 2023 para 20,1 milhões em 2024. No entanto, apesar da alta, esse contingente de beneficiários está longe do auge da série (27,5 milhões), atingido em 2020, durante a pandemia de Covid-19.

Pnad – rendimento de todas as fontes

Segundo a pesquisa do IBGE, a diferença entre o rendimento dos 10% mais ricos em relação ao das faixas mais pobres no Brasil está em seu menor nível desde 2012 (início da série histórica), mas ainda é grande. Os 10% da população com rendimentos mais elevados receberam, em 2024, o equivalente a 13,4 vezes o rendimento dos 40% da população com os menores rendimentos.

Já o 1% da população com maiores rendimentos recebeu o equivalente a 36,2 vezes o rendimento dos 40% de menor renda. Essa também foi a menor razão da série da Pnad contínua.

Outro destaque da pesquisa foi o rendimento mensal real domiciliar per capita, que chegou ao maior valor da série em 2024, de R$ 2.020, alta de 4,7% ante 2023. Em relação a 2012 (R$ 1.696), ano inicial da série histórica, a elevação foi de 19,1%.

A massa de rendimento mensal domiciliar per capita também atingiu o maior valor da série histórica do módulo Rendimento de todas as fontes, da Pnad Contínua, iniciada em 2012: R$ 438,3 bilhões. O aumento foi de 5,4% ante 2023.

Outros dois indicadores atingiram seus maiores valores reais desde 2012: o rendimento habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 3.225) e o de programas sociais do governo (R$ 836).

A participação do rendimento do trabalho na composição do rendimento domiciliar per capita cresceu para 74,9%, ante 74,2% em 2023. Apesar da alta, essa proporção ainda está abaixo da máxima da série, de 76,9%, registrada em 2014.

A Pnad também aponta que a participação dos programas sociais no rendimento domiciliar per capita teve leve variação para cima entre 2023 e 2024, de 3,7% para 3,8%, ficando bem abaixo do ápice da série (5,9%), atingido em 2020, durante a pandemia. Em 2019, ano que antecedeu a pandemia, a participação dos programas sociais no rendimento domiciliar era de 1,7%.

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Já a proporção de domicílios do país com algum beneficiário do programa Bolsa-Família recuou ligeiramente entre 2023 e 2024, saindo de 19,0% para 18,7%. Por outro lado, o percentual de domicílios com beneficiário do BPC-LOAS, assim como de outros programas sociais do governo, aumentou. No caso do BPC-LOAS, registrou-se em 2024 o valor máximo da série histórica: 5,0% de domicílios com beneficiário do programa.

A população recebendo programas sociais do governo subiu de 18,6 milhões em 2023 para 20,1 milhões em 2024. O maior número foi registrado em 2020, durante a pandemia de Covid-19, com 27,5 milhões de pessoas com renda de algum programa social.

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