A Apple já não acredita que o iPhone seguirá sendo seu principal produto pelos próximos 10 anos. Mesmo com o celular responsável por cerca de 50% da receita trimestral da Apple, a empresa vislumbra um futuro em que o iPhone perde protagonismo.
Durante depoimento no processo antitruste entre o Google e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o vice-presidente sênior de serviços da Apple, Eddy Cue, declarou que “você pode não precisar de um iPhone daqui a 10 anos, por mais louco que isso pareça”. A fala sinaliza a confiança da empresa em novas tecnologias que podem redefinir sua estratégia de longo prazo.

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Realidade aumentada e IA na mira da Apple
A declaração de Cue reforça um movimento que já vem sendo ventilado há anos nos bastidores da Apple: a transição para dispositivos de realidade aumentada, especialmente óculos inteligentes. O próprio CEO Tim Cook já deixou claro em entrevistas anteriores que seu maior desejo é lançar “óculos leves que possam ser usados o dia todo”.
Atualmente, a empresa conta com o Apple Vision Pro, um headset de realidade mista que custa alto e pesa mais do que o ideal. Mesmo com as limitações, o dispositivo é visto como um primeiro passo rumo à substituição gradual do smartphone tradicional.

Além da realidade aumentada, a Apple também aposta em inteligência artificial. Segundo o depoimento de Cue, a companhia pretende integrar mecanismos de busca baseados em IA diretamente ao Safari. A proposta é oferecer uma experiência mais fluida e contextualizada, que torne o uso de um celular menos essencial.
Rumores reforçam transição e novas prioridades
Enquanto a linha de produção caminha rumo ao iPhone 17, com rumores sobre modelos dobráveis e até um hipotético “iPhone 20”, especialistas observam que a empresa já trabalha em um horizonte diferente. Para a Bloomberg, essa mudança não é surpresa, já que Tim Cook mantém, há pelo menos uma década, uma “visão grandiosa” sobre um mundo centrado em óculos de realidade aumentada.
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Mesmo assim, a Apple não deve abandonar o iPhone tão cedo. Como explicou o próprio Cue, é difícil dizer qual tecnologia irá dominar a próxima década. No entanto, o fato de a empresa já se preparar para esse cenário indica que mudanças profundas estão em curso.
Competição também pressiona o futuro do iPhone
A transição da Apple ocorre em meio ao avanço de outras empresas do Vale do Silício. A OpenAI, por exemplo, estaria desenvolvendo um dispositivo assistente com IA, sem tela e sem a estrutura de um smartphone tradicional. O projeto estaria sendo conduzido com o apoio de Jony Ive, ex-chefe de design da Apple e um dos responsáveis pela estética dos iPhones clássicos.
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Essa nova corrida tecnológica pode acelerar a chegada de dispositivos que eliminem o smartphone como conhecemos hoje. E, nesse contexto, a Apple parece disposta a não ficar para trás — mesmo que isso signifique aceitar o fim de seu produto mais icônico.

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Fonte: Bloomberg