O Tribunal do Júri de Foz do Iguaçu condenou dois policiais militares e um empresário por homicídio qualificado, em crime que remete à prática chamada de tribunal da inquisição.
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A vítima foi sequestrada e morta em 4 de outubro de 2023. Era um homem de 42 anos de idade, assassinado com diversos disparos de arma de fogo. Os dois policiais militares foram condenados a penas de 19 anos e 6 meses de prisão em regime inicialmente fechado; o empresário recebeu sentença de 20 anos e 3 meses de prisão.
O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da 13.ª Promotoria de Justiça de Foz do Iguaçu, apresentou a denúncia ao Poder Judiciário. O órgão citou que, na madrugada da data do crime, enquanto estavam em serviço, os dois PMs sequestraram a vítima e a levaram a um local ermo para matá-la.
Júri em Foz do Iguaçu
A execução ocorreu em uma espécie de tribunal da inquisição porque, conforme expôs a promotoria, a vítima teria cometido diversos furtos, inclusive contra a empresa de propriedade do empresário denunciado e condenado na ação penal. O julgamento foi realizado nos últimos dias 5 e 6.
“O Conselho de Sentença acolheu as teses sustentadas pelo MPPR”, reportou o Ministério Público. E acolheu “as qualificadoras do motivo torpe e do crime ter sido cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima”.
Além das penas de prisão, os policiais militares foram condenados à perda do cargo público.
As defesas de dois dos três condenados informaram, por meio da imprensa, que irão recorrer da decisão.
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