Bradford G Smith, terceiro paciente a receber o implante cerebral da Neuralink, publicou um vídeo no YouTube demonstrando como conseguiu editar e narrar um conteúdo completo apenas com o cérebro, graças à tecnologia desenvolvida por Elon Musk.
Smith é a primeira pessoa não verbal e também o primeiro paciente com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) a receber o chip da Neuralink. Em um vídeo de quase 10 minutos, ele mostra como controla o cursor do computador usando apenas o pensamento e como conseguiu usar inteligência artificial para “recuperar” sua própria voz.
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Vídeo histórico feito com a mente
O vídeo, compartilhado no X (antigo Twitter), foi editado utilizando exclusivamente a interface cérebro-computador (BCI) da Neuralink. A narração do vídeo foi feita por uma IA que reproduz a voz que Smith tinha antes de perder a capacidade de falar, criando um momento comovente e inédito.
“Estou digitando isso com o meu cérebro. É a minha principal forma de comunicação”, escreveu Smith no post que acompanhava o vídeo.
Comunicação além dos limites
Antes do implante da Neuralink, Smith usava um rastreador ocular para se comunicar. A ferramenta, embora útil, era limitada a ambientes com pouca luz, o que dificultava atividades cotidianas simples, como sair de casa.
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Com o BCI da Neuralink, ele relata que pôde, por exemplo, assistir a um jogo do filho, conversar ao ar livre e até planejar viagens, algo impensável nos últimos cinco anos.
Um salto em autonomia
Além da comunicação, o implante oferece controle sobre dispositivos externos. No vídeo, é possível ver Smith navegando em seu computador com movimentos mentais, movimentando o cursor em tempo real.
Esse avanço faz parte do objetivo central da Neuralink: restaurar a autonomia de pessoas com paralisia ou mobilidade extremamente limitada, permitindo que se conectem com o mundo por meio da mente.

🧠 Tecnologia Neural
Homem paralisado é o terceiro a receber implante da Neuralink e digita com o cérebro
Histórico dos testes da Neuralink
Smith é o terceiro paciente a receber o chip da Neuralink, depois de Noland Arbaugh e Alex. A autorização para o primeiro teste em humanos foi concedida pela FDA (agência reguladora dos EUA) em maio de 2023.
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Desde então, os testes da Neuralink fazem parte dos estudos PRIME e CONVOY, focados em promover mobilidade e comunicação. A empresa abriu em abril um registro global de pacientes interessados em participar das próximas fases do experimento.
Expansão dos estudos nos EUA
Em janeiro, a Neuralink anunciou que os testes do estudo PRIME também acontecerão em Miami, na Flórida, além de Phoenix, no Arizona, que já sediava os primeiros procedimentos. A expansão visa acelerar os testes clínicos e aumentar o número de voluntários elegíveis.
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Investimentos bilionários e novo centro
O avanço da Neuralink vem sendo acompanhado por investidores. Segundo a Bloomberg, a empresa está em busca de uma nova rodada de captação de recursos no valor de US$ 500 milhões, com a expectativa de atingir uma avaliação de mercado de US$ 8,5 bilhões.
Enquanto isso, a companhia também ergue uma nova sede nos arredores de Austin, Texas. O prédio deve ser concluído até maio de 2025, com o objetivo de centralizar as operações técnicas e os ensaios clínicos.

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Fonte: tomshardware