O setor de serviços dos EUA apresentou crescimento em abril, impulsionado por um aumento nos pedidos e estoques, conforme divulgado pelo Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) nesta segunda-feira (5). O Índice de Gerentes de Compras (PMI) não manufatureiro subiu de 50,8 em março para 51,6 em abril, superando as expectativas de economistas consultados pela Reuters, que previam uma queda para 50,2. Uma leitura acima de 50 indica expansão no setor.
O aumento no PMI foi atribuído, em parte, à antecipação de compras por empresas e consumidores diante das tarifas de importação implementadas pelo governo Trump. A medida de novos pedidos cresceu de 50,4 para 52,3, enquanto os estoques também registraram alta.
No entanto, o relatório também apontou para pressões inflacionárias crescentes. O índice de preços pagos por insumos de serviços saltou para 65,1, a leitura mais alta desde janeiro de 2023, refletindo gargalos nas cadeias de suprimento e aumento nos custos de materiais.
O desempenho de entrega dos fornecedores piorou, com o índice de entregas subindo de 50,6 para 51,3, indicando prazos mais longos. Embora entregas mais lentas possam sugerir uma economia aquecida, neste caso, são atribuídas à pressa em antecipar-se às tarifas.
Apesar de uma leve contração do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre, os dados do setor de serviços, aliados a um mercado de trabalho robusto, indicam que a economia dos EUA permanece resiliente.
Payroll: EUA criam 177 mil vagas de trabalho em abril
O mercado de trabalho norte-americano deu mais uma demonstração de força em abril, com a criação de empregos significativamente acima do que os analistas previam. Os EUA registraram a abertura de 177 mil postos de trabalho em abril de 2025, conforme revelou o relatório payrolldivulgado nesta sexta-feira (2) pelo Departamento do Trabalho. O resultado superou as projeções dos analistas, que estimavam a geração de 138 mil vagas no período.
O relatório também atualizou o desempenho de março, que passou por uma revisão: o total de novas vagas naquele mês foi ajustado para 185 mil, uma redução frente aos 228 mil inicialmente divulgados.
Ainda assim, os números indicam um ritmo consistente de geração de empregos ao longo dos últimos meses.
O resultado de abril sugere que, mesmo diante de um ambiente econômico desafiador — marcado por juros elevados e pressões inflacionárias persistentes —, o mercado de trabalho dos EUA continua resiliente e capaz de sustentar parte do dinamismo da maior economia do mundo.
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