
A Neoenergia (NEOE3), subsidiária brasileira do grupo espanhol Iberdrola, anunciou que não pretende realizar novos investimentos em projetos de energia renovável ou transmissão no curto prazo, de acordo com o presidente da companhia em reunião ocorrida nesta quarta-feira (30).
A empresa concentrará seus recursos no crescimento orgânico do segmento de distribuição até 2026, como parte de uma estratégia para reduzir sua alavancagem financeira.
Durante teleconferência com investidores para apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2025, o CEO (presidente-executivo) da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, destacou a venda do projeto de transmissão Itabapoana para o fundo soberano de Singapura, GIC, por R$ 127,5 milhões.
Essa transação, que envolveu a desconsolidação de uma dívida líquida de R$ 577 milhões, marca a primeira operação após o acordo firmado entre as duas entidades em abril de 2023, concedendo ao GIC o direito de primeira oferta em ativos de transmissão em construção.
Capelastegui afirmou que 2025 será o último ano de investimentos em transmissão, com a entrega dos últimos quatro lotes arrematados. A partir de 2026, a Neoenergia direcionará seus recursos para o crescimento orgânico das distribuidoras, visando acelerar o processo de desalavancagem.
Ele ressaltou que os desinvestimentos contribuirão para a redução gradual do endividamento, permitindo a avaliação de novas oportunidades futuras.
Neoenergia (NEOE3) sofre queda de 11% no lucro líquido no 1T25
A Neoenergia (NEOE3) registrou lucro líquido de R$ 1,001 bilhão no primeiro trimestre de 2025.
Esse valor representa uma queda de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A companhia divulgou os resultados na noite de terça-feira.
Apesar da redução no lucro, a empresa apresentou crescimento em outros indicadores financeiros e operacionais, o que demonstra certa resiliência.
Neoenergia aumenta Ebitda, mas enfrenta recuo no lucro
A Neoenergia conseguiu elevar seu Ebitda ajustado em 6%, totalizando R$ 3,717 bilhões.
No entanto, o Ebitda Caixa caiu 1%, ficando em R$ 2,781 bilhões.
Enquanto o lucro recuou, a geração operacional manteve-se estável.
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