
A Gerdau (GGBR4), maior siderúrgica do Brasil em valor de mercado, reportou dia 29 um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 2,4 bilhões no primeiro trimestre de 2025. O resultado superou as expectativas de analistas consultados pela LSEG, que previam R$ 2,29 bilhões, e veio sustentado principalmente pelo desempenho de suas operações na América do Norte.
Apesar da surpresa positiva em relação ao consenso de mercado, o Ebitda ajustado apresentou queda de 14,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O lucro líquido ajustado também recuou significativamente: 39%, para R$ 758 milhões.
A Gerdau atribuiu parte do bom desempenho na América do Norte à maior demanda por aço no primeiro trimestre, impulsionada por fatores sazonais e por alterações recentes na política comercial dos Estados Unidos. Essas mudanças teriam incentivado os clientes a ampliar estoques e priorizar a compra de produtos fabricados internamente.
“A reação dos clientes às mudanças na política comercial dos EUA ajudou a manter os níveis de produção elevados, beneficiando as nossas operações locais”, destacou a companhia no relatório de resultados.
O balanço mostra que a receita líquida da Gerdau nos Estados Unidos e Canadá cresceu 16,1% em relação ao quarto trimestre de 2024. Já no Brasil, houve retração de 3,5% no mesmo comparativo. A receita consolidada da companhia atingiu R$ 17,38 bilhões no trimestre encerrado em março, alta de 7,2% frente ao ano anterior e acima dos R$ 17,06 bilhões projetados pela LSEG.
A empresa
Fundada em 1901, no Rio Grande do Sul, a Gerdau é uma das maiores fornecedoras de aço longo das Américas e a principal recicladora da América Latina. A empresa começou como uma pequena fábrica de pregos em Porto Alegre e expandiu-se ao longo do século 20 por meio de aquisições e construção de novas unidades, tornando-se um dos grandes conglomerados siderúrgicos do mundo.
Hoje, a Gerdau possui operações industriais em dez países, com forte presença no Brasil, Estados Unidos, Canadá, México e Argentina. Seu modelo de produção é baseado principalmente na reciclagem de sucata metálica, o que a posiciona como uma das líderes globais em aço sustentável.
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