Homem paralisado é o terceiro a receber implante da Neuralink e digita com o cérebro

Um homem paralisado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) se tornou o terceiro paciente no mundo a receber o implante cerebral da Neuralink e o primeiro com a condição a usar o dispositivo para se comunicar, digitando apenas com o cérebro. A revelação foi feita pelo próprio paciente, que compartilhou um vídeo emocionante nas redes sociais.

No vídeo publicado na plataforma X (antigo Twitter), o paciente identificado como Bradford G. Smith mostra como o chip cerebral da Neuralink mudou sua vida. O conteúdo é narrado por uma voz gerada por inteligência artificial (IA) com base em gravações antigas de sua fala, e editado com o auxílio direto do implante neural.

“Estou digitando isso com meu cérebro. É meu principal meio de comunicação agora”, escreveu Brad no vídeo, destacando os avanços proporcionados pela tecnologia.

A Neuralink, empresa fundada por Elon Musk, desenvolveu a interface cérebro-computador (BCI, na sigla em inglês) com o objetivo de restaurar a autonomia de pessoas com paralisia ou limitações motoras severas. O implante permite que pacientes controlem dispositivos eletrônicos com a força do pensamento.

A FDA (agência reguladora dos EUA) aprovou a realização dos primeiros testes clínicos em humanos em maio de 2023. O primeiro paciente a receber o implante foi Noland Arbaugh, seguido por um segundo paciente chamado Alex. Brad, além de ser o terceiro, é o primeiro paciente com ELA a participar do estudo.

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Avanços que superam tecnologias anteriores

Antes de receber o chip da Neuralink, Brad utilizava um rastreador ocular para se comunicar. No entanto, o sistema tinha limitações — só funcionava em ambientes com baixa iluminação, o que dificultava interações em locais abertos.

O vídeo mostra Brad controlando o cursor de um computador apenas com o cérebro, inclusive usando a tecnologia do chip para editar o próprio vídeo. Com isso, ele recuperou a capacidade de se expressar com mais naturalidade e liberdade.

Impacto na qualidade de vida

Um dos relatos mais tocantes de Brad foi sobre poder usar o computador na varanda de casa, algo impensável anteriormente. Ele também contou ter assistido a uma partida de futebol do filho e conseguiu se comunicar com outras pessoas do lado de fora, algo que não fazia há cinco anos.

“O árbitro achou que eu estava dormindo. Mas, na verdade, eu estava conversando com outras pessoas”, contou no depoimento.

Essas experiências mostram como o implante vai além do ambiente hospitalar e tem impacto direto na vida social dos pacientes.

Expansão global dos testes

No início de abril, a Neuralink abriu seu registro internacional de pacientes, convidando pessoas do mundo todo a se inscreverem nos estudos PRIME e CONVOY. A empresa também anunciou a expansão das operações, com a instalação de um novo centro em Miami, além do já existente em Phoenix, no estado do Arizona.

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Além dos testes clínicos, a Neuralink também tem investido em infraestrutura. A empresa está construindo prédios próximos a Austin, no Texas, com previsão de inauguração para maio de 2025.

Segundo a Bloomberg, a Neuralink busca levantar cerca de US$ 500 milhões em uma nova rodada de investimentos, com a avaliação da empresa chegando a US$ 8,5 bilhões. O interesse crescente de investidores reforça o potencial da tecnologia de Elon Musk em transformar a vida de pessoas com deficiência.

Com o avanço dos testes, casos como o de Brad reforçam o impacto positivo que a combinação entre neurotecnologia e IA pode ter na recuperação de autonomia para pessoas paralisadas.

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Fonte: nypost

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