Ibovespa abre com ganhos à espera de dados dos EUA; dólar cai 

Foto: Freepik

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, iniciou o pregáo desta terça-feira (29) com ganhos, enquanto os investidores estão atentos aos dados do mercado de trabalho dos EUA. 

Por volta das 10h15 (horários de Brasília) o marcador apresentava uma leve alta de 0,18%, aos 135.265 pontos.

Já o dólar comercial seguia o sentido contrário do índice, ao passo que iniciava o pregão com uma recuo de 0,11%, cotado a R$ 5,64.

Um dos destaques é o relatório JOLTS — sigla para a pesquisa sobre vagas em aberto e desligamentos — que deve oferecer sinais importantes sobre a força do emprego no país e possíveis impactos na inflação.

No cenário doméstico, o foco recai sobre declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que podem influenciar as expectativas sobre política monetária. Além disso, a Petrobras está no radar, com a divulgação de seu relatório de vendas programada para após o encerramento do pregão.

A agenda econômica desta terça-feira (29) começa com a divulgação do IGP-M de abril, previsto para as 8h. A expectativa do mercado é de nova deflação, desta vez de 0,09%, dando sequência à queda de 0,34% registrada em março. Em fevereiro, o índice havia avançado 1,06%. Na sequência, às 8h30, o Banco Central divulga os dados de crédito referentes ao mês de março.

Mercado monitora sinalizações do BC em meio a dados mistos

Às 11h, os diretores do BC Gabriel Galípolo e Diogo Guillen participam da coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira da autarquia. Em fala recente durante evento do J. Safra, Galípolo sinalizou um tom mais firme, destacando que, embora o BC tenha uma “certeza razoável de que a Selic está em nível contracionista”, ainda busca entender se ela está “restritiva o bastante”.

O presidente interino do BC também demonstrou incômodo com o comportamento das expectativas inflacionárias, que seguem “bastante desancoradas”, o que levanta dúvidas sobre a capacidade da atual política monetária de garantir a convergência da inflação à meta de 3%.

A interpretação do mercado é de que o ciclo de cortes na taxa básica de juros pode demorar mais do que o inicialmente previsto.

A fala de Galípolo contrasta com o tom mais brando adotado por outros membros da diretoria, como Guillen, Nilton Davi e Pichetti, mas sem romper completamente com eles — o que pode indicar um esforço para calibrar as apostas mais otimistas em torno da Selic.

Nos EUA, atenção volta-se aos dados de consumo e trabalho

No exterior, a agenda econômica também é carregada. Entre os destaques desta manhã estão: balança comercial de março, estoques no varejo e no atacado (9h30), preços de imóveis em fevereiro (10h), Confiança do Consumidor da Conference Board (11h) e o aguardado relatório Jolts, que trará uma fotografia atualizada da oferta de empregos e movimentações no mercado de trabalho norte-americano.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: +0,28%

S&P 500 Futuro: +0,06%

Nasdaq Futuro: -0,10%

Agenda do dia

Indicadores

▪️ 07h00 – Zona do euro: Confiança do consumidor em abril

▪️ 08h00 – FGV: IGP-M de abril

▪️ 08h00 – BC: Relatório de Estabilidade Financeira

▪️ 09h30 – EUA: Balança comercial de março

▪️ 09h30 – EUA: Estoques no varejo e no atacado

▪️ 11h00 – EUA: Relatório Jolts de março

▪️ 11h00 – EUA: Confiança do consumidor/Conference Board em abril

▪️ 22h45 – China: PMI Composto de abril

Eventos

▪️ 11h00 – BC: Coletiva de Gabriel Galípolo e Diogo Guillen

Balanços

▪️ NY/ antes da abertura: Coca-Cola, GM e Pfizer

▪️ Brasil/depois do fechamento: Iguatemi, Isa Energia, Kepler Weber, Log CP, Marcopolo e Neoenergia

▪️ Após o fechamento – Petrobras divulga relatório de produção e vendas do 1TRI

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