
A Livraria Cultura, um dos mais queridos ícones do universo literário brasileiro, ressurgiu em São Paulo após fechar suas portas no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. A mudança para um elegante casarão histórico de 1920, na Avenida Angélica, marca uma nova fase para a livraria.
Embora tenha enfrentado dificuldades financeiras, a Cultura busca se reinventar em um ambiente que combina tradição e charme.
A perseguição por um espaço mais acolhedor é evidente na escolha do novo endereço no bairro de Higienópolis. A construção, que já foi sede de importantes bancos, agora abriga o maior acervo de livros no piso superior e proporciona uma experiência única aos visitantes.
Já no térreo, um piano e um café convidam ao deleite literário em meio a um belo jardim.
Livraria Cultura, após fechamento na Avenida Paulista, renasce em casarão histórico na Avenida Angélica – Imagem: Jeferson Marques/Diário do Litoral
Reabertura da famosa livraria brasileira
Apesar do renascimento, a Livraria Cultura ainda enfrenta uma recuperação judicial, com dívidas superiores a R$ 15 milhões. Esse movimento é um reflexo dos inúmeros desafios enfrentados pelo setor livreiro no Brasil, que incluem:
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Aumento da inflação encarece os livros;
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Crescimento do e-commerce como alternativa dos consumidores;
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Dificuldades financeiras dos clientes;
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Pandemia e impacto no setor editorial;
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Preferência dos leitores por e-books.
A mudança de endereço da empresa simboliza não apenas uma adaptação ao cenário atual, mas também uma tentativa de se manter relevante.
Cenário nacional
O fechamento de livrarias não é exclusivo da Cultura. A Saraiva, outra gigante do setor, encerrou suas lojas em setembro de 2023. Dados da Associação Nacional de Livrarias revelam que uma livraria fecha a cada três dias no Brasil.
Além disso, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) destaca a perda de 21 mil livrarias na última década, o que evidencia a gravidade da situação.
A história da Livraria Cultura em seu novo endereço é, portanto, um símbolo de resistência e esperança. Ao buscar inovar e se adaptar, a empresa inspira outras do setor a persistirem em meio à adversidade.
O casarão na Avenida Angélica surge não apenas como um local de vendas, mas também como um espaço de resistência para os amantes dos livros.
* Com informações do Diário do Litoral.
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