
As bolsas globais operam de forma mista no pré-mercado desta segunda-feira (28), com os investidores atentos a uma série de indicadores que podem influenciar os próximos passos do Federal Reserve.
Após declarações de Jerome Powell apontando que o impacto das tarifas sobre o emprego pode ser decisivo para cortes nos juros, os dados do mercado de trabalho dos EUA ganham ainda mais peso nesta semana.
O destaque será o payroll de abril, previsto para sexta-feira, mas antes disso saem o relatório Jolts e os números da ADP, ambos relevantes para as projeções econômicas.
A agenda norte-americana também traz o PIB preliminar do primeiro trimestre e o índice PCE de março, principal métrica de inflação acompanhada pelo Fomc.
Em paralelo, a temporada de balanços ganha força com resultados esperados de gigantes como Microsoft, Meta, Apple e Amazon.
No Brasil, o feriado do Dia do Trabalho (quinta-feira, 1º de maio) interrompe as negociações, o que também ocorre em parte da Europa — mas não em Wall Street.
Por aqui, além da intensificação na divulgação de resultados corporativos na B3, os dados de emprego do IBGE e do Caged podem influenciar as apostas do mercado em relação ao próximo movimento do Copom.
Enquanto isso, no front da guerra comercial, o fim de semana foi de relativa calmaria. Após declarações de Donald Trump sinalizando uma postura “razoável” em relação às tarifas, os mercados encerraram a sexta-feira em alta, com os investidores minimizando os sinais negativos vindos da China.
EUA
Os futuros dos principais índices norte-americanos operam em queda nesta segunda-feira (28), sinalizando um encerramento negativo para o mês de abril, apesar do desempenho positivo registrado na última sexta-feira.
O início do mês foi marcado por turbulência nos mercados, em função das declarações e medidas tarifárias anunciadas pelo presidente Donald Trump, mas o cenário recente mostra maior estabilidade, com os investidores voltando o foco para a temporada de balanços corporativos.
Esta semana será crucial para o desempenho das chamadas “Sete Magníficas”, grupo que reúne as maiores empresas de tecnologia dos EUA. Quatro delas — Microsoft, Apple, Meta e Amazon — divulgarão seus resultados nos próximos dias.
Analistas projetam um crescimento médio de 15% nos lucros desse grupo em 2025, número que se mantém estável desde março, mesmo com o acirramento das tensões comerciais. Os balanços de Microsoft e Meta estão previstos para quarta-feira, enquanto Apple e Amazon devem divulgar na quinta.
Bolsas asiáticas
Na Ásia, as bolsas encerraram o pregão com resultados variados, refletindo a cautela dos investidores frente aos desdobramentos da guerra tarifária.
Na China, o ministro das Finanças, Lan Fo’an, afirmou que o governo pretende adotar medidas mais assertivas para garantir o crescimento econômico previsto para 2025.
Ainda assim, os principais índices chineses fecharam em queda. Já no Japão, o índice Nikkei registrou valorização.
Bolsas europeias
Na Europa, as bolsas abriram a semana em alta. O índice Stoxx 600 avançou 0,5%, apoiado por expectativas em torno de balanços corporativos robustos e novos dados econômicos.
Notícias de movimentações no setor de fusões e aquisições também impulsionaram o sentimento dos investidores, com destaque para a proposta de €6,3 bilhões apresentada pelo banco Mediobanca para adquirir a unidade de gestão patrimonial da seguradora Generali, na Itália.
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