Desde o anúncio da morte do Papa Francisco, uma palavra se repete em reportagens, entrevistas, discursos e demais textos publicados na imprensa: simplicidade. O mandato papal de Francisco durou cerca de 12 anos, e a simplicidade nos gestos sempre foi a sua marca registrada.
A minha curiosidade reside no fato da redescoberta da simplicidade como valor. Um substantivo feminino, que é a ausência de complicação, ou a maneira natural de agir, conforme o dicionário digital.
Francisco, pela simplicidade, conquistou o mundo, não somente os féis católicos. As pessoas sempre comentavam sobre ele como “o papa simples”, como se isto fosse um adjetivo. Por quê?
Pelo que me lembro, na história recente da Igreja católica, não há registro de um pontífice com igual perfil. Tomei conhecimento, agora, do seu testamento, no qual ele reforça a simplicidade de seus desejos póstumos. Jorge Mario, como se chamava, estabeleceu o rito simples como deveria ser velado e sepultado.
O conclave, que em breve terá início e reunirá os cardeais para a escolha do sucessor de Francisco, será impactado pelo modo de proceder dele. O legado do papa argentino e jesuíta, que adotou o seguimento de Francisco de Assis, é muito denso e contagiou o mundo inteiro.
Na imprensa, só se fala de Francisco e do conclave que escolherá seu sucessor. Como reza a tradição católica, o conselho formado de cardeais se reunirá em regime de reclusão para o processo de escolha do santo padre que governará a Igreja Católica doravante.
As especulações sobre nomes “papáveis” surgem aos borbotões nos meios de comunicação. Passados os anos deste pontificado, com o avanço tecnológico na comunicação por redes sociais, não é difícil supor que a articulação dos grupos de interesses está intensa nos bastidores.
Francisco, em descanso eterno, está longe deste momento histórico no catolicismo, mas estará presente em mentes e corações daqueles que foram tocados pela sua singular personalidade. Salve Francisco!
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