A Bluesky, rede social descentralizada derivada de uma iniciativa do ex-CEO do Twitter Jack Dorsey, anunciou no dia 21 de abril de 2025 a introdução de um novo sistema de verificação baseado em selos azuis. A medida representa uma mudança significativa na abordagem da plataforma, que até então adotava um modelo de autenticação descentralizado, por meio de domínios personalizados vinculados ao nome de usuário.
A partir de agora, contas consideradas autênticas e notáveis poderão receber um selo azul tradicional concedido diretamente pela equipe da Bluesky.

Além disso, a rede vai permitir que organizações confiáveis verifiquem usuários por meio de um novo recurso batizado de “Trusted Verifiers“, que utiliza um selo azul com bordas recortadas para distinguir essas verificações feitas por terceiros.
Verificação proativa e papel das organizações
De acordo com o comunicado oficial, a Bluesky passará a realizar verificações proativas em contas que atendam aos critérios internos de relevância e autenticidade. No entanto, a empresa não detalhou publicamente quais serão os critérios usados para essa avaliação inicial.
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Paralelamente, o sistema de verificadores confiáveis permitirá que instituições, como veículos de imprensa, autentiquem perfis de forma direta.

O The New York Times é um dos primeiros participantes da iniciativa e já pode verificar jornalistas vinculados ao seu domínio, facilitando a identificação de perfis genuínos dentro da rede.
O selo azul com bordas recortadas será exibido ao lado do nome das contas verificadas por organizações. Ao clicar no selo, os usuários poderão ver qual entidade concedeu a verificação, oferecendo mais transparência sobre a origem da autenticação.
Sistema anterior segue ativo, mas será complementado
Antes dessa mudança, a verificação na Bluesky era realizada exclusivamente por meio da associação entre o nome de usuário e um domínio de internet controlado pelo próprio usuário ou instituição.
Embora o método oferecesse um nível técnico de autenticidade, sua aplicação era vista por muitos como complexa e pouco eficaz contra casos de falsificação de identidade, principalmente com o crescimento recente da base de usuários.

Um exemplo recente citado foi a chegada do ex-presidente dos EUA, Barack Obama, à plataforma. Como o perfil não utilizava domínio personalizado, surgiram dúvidas sobre sua legitimidade até que funcionários da empresa confirmaram a autenticidade da conta manualmente, em publicações públicas.
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Apesar da adoção dos selos azuis, a Bluesky afirma que o sistema de domínios continuará sendo altamente recomendado, principalmente para organizações e usuários que desejam reforçar sua identidade digital de maneira descentralizada.

Pegando o vácuo
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Solicitações ainda não estão abertas ao público
Durante esta fase inicial de implementação, a Bluesky não está aceitando solicitações diretas de verificação.
A empresa afirmou que pretende liberar, futuramente, um formulário de requisição voltado a contas notáveis ou interessadas em atuar como verificadores confiáveis, após a estabilização do recurso.
Fonte: Bluesky Blog.