
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quarta-feira (16) com alta de 1,04% aos 129.650 pontos. O dólar comercial caiu 1,03%, a R$ 5,80, mas acumulou alta de 1,07% na semana.
A semana encerra mais cedo, devido ao feriado da Sexta-feira Santa, e o Ibovespa acumulou ganhos de 1,54% nos últimos 4 pregões. Nesta quinta, sob influência das commodities e outros destaques corporativos, o índice brasileiro ignorou a guerra comercial que se destrincha no exterior e cravou alta.
O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou com alta de 0,01%, a US$ 99,39.
No exterior, os destaques foram os desdobramentos da guerra tarifária dos EUA contra o mundo. Depois de impor tarifas de 245% sobre a China, o governo de Xi Jinping disse que “não há vencedores em uma guerra tarifária ou comercial”, mas deixou claro que não irá recuar.
Além disso, Donald Trump, presidente dos EUA, fez novas críticas ao presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, e ao fato do banco central norte-americano ter pausado o corte nas taxas de juros.
“Espera-se que o BCE (Banco Central Europeu) corte os juros pela sétima vez e, mesmo assim, Jerome Powell, do Fed, que está sempre atrasado e errado, divulgou ontem uma declaração que foi uma completa bagunça”, escreveu Trump em sua rede social, a Truth Social.
“Os preços do petróleo caíram, os alimentos (até os ovos!) estão mais baratos, e os EUA estão enriquecendo com as tarifas. O ‘atrasado’ já deveria ter reduzido as taxas de juros, como o BCE fez há tempos, mas com certeza deveria reduzi-las agora. A demissão de Powell não pode vir rápido o suficiente!”, continua a publicação.
No Brasil, o Ibovespa repercutiu o bom momento dos preços internacionais do petróleo, que subiram mais de 3% após os EUA terem imposto novas sanções para restringir as exportações de petróleo iraniano, aumentando as preocupações com o fornecimento.
Com isso, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) tiveram fortes altas, também com os investidores animados após o anúncio de R$ 9,1 bilhões em dividendos da estatal. Paralelamente, por conta das desvalorização recente do petróleo, a empresa reduziu o valor do diesel pela segunda vez no mês.
Enquanto isso, a Vale (VALE3) também se recuperou das perdas da véspera, mesmo diante da queda do minério de ferro. Na China, mesmo com a guerra comercial, que preocupa para o futuro, a economia cresceu 5,4% no primeiro trimestre, o que anima as mineradoras.
A LWSA (LWSA3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 15,51%, a R$ 3,50. Logo atrás, Yduqs (YDUQ3) subiu 10,90%, a R$ 14,85. E MRV (MRVE3) teve ganhos de 8,79%, a R$ 5,57.
Já na ponta negativa, Raia Drogasil (RADL3) liderou as perdas, caindo 3,05%, a R$ 20,69. Em seguida, Hapvida (HAPV3) perdeu 2,26%, a R$ 2,16. E Azul (AZUL4) caiu 2,24%, a R$ 3,06.
Altas e Baixas do Ibovespa: bancos tradicionais fecham mistos
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 2,29% e 1,72%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 3,47%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,55%. Gerdau (GGBR4) registrou baixa de 0,80%. Usiminas (USIM5) valorizou 1,08%.
No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com alta de 0,18% e baixa de 0,80%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização 0,47% e valorização 0,18%, em sequência.
Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 1,45%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 0,17%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 3,18%.
Índices do exterior fecharam em baixa
Os principais índices europeus tiveram desempenhos negativos nesta quarta-feira (16). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,49%, enquanto o CAC 40, de Paris, recuou 0,60%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,14%.
Em Wall Street, os índices S&P 500 avançou 0,13% e Nasdaq recuou 0,13%, respectivamente. Já o Dow Jones caiu 1,33%.
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