No primeiro trimestre de 2025, o Brasil liderou a América Latina em fusões e aquisições, com 399 transações e US$ 6,864 bilhões de capital mobilizado. A informação consta no relatório sobre as atividades do mercado de M&A (fusões e aquisições), divulgado pela Aon plc, em colaboração com a TTR Data e a Datasite.
“A diminuição no número de transações e no volume de capital mobilizado reflete um cenário mais cauteloso, mas mantivemos nossa posição de liderança no número de fusões e aquisições, o que evidencia o contínuo interesse dos investidores no país, ainda que em um contexto volátil”, afirma André Nogueira, líder de M&A and Transaction Solutions para o Brasil na Aon, segundo apuração da Exame.
O mercado transacional latino-americano registrou um total de 630 fusões e aquisições no primeiro trimestre deste ano, entre anunciadas e concluídas, com um valor agregado de US$ 11,641 bilhões — contração de 11% e 27%, respectivamente, em comparação com o primeiro trimestre de 2024.
Apesar de o Brasil liderar, número de fusões e aquisições diminui
“O número de fusões e aquisições na América Latina tem diminuído devido a uma combinação de fatores que aumentam a percepção de risco e reduzem a previsibilidade para os investidores”, disse Pedro da Costa, líder de M&A and Transaction Solutions para a América Latina na Aon.
O relatório também destacou que a região enfrenta um período de incerteza política e regulatória, em meio às eleições no México e no Chile, além da volatilidade em mercados como Colômbia e Peru. Esses fatores se somam a um cenário de incertezas geopolíticas e instabilidade macroeconômica.
“Embora setores como saúde, tecnologia, logística e infraestrutura continuem apresentando oportunidades, o ambiente geral exige uma avaliação mais rigorosa dos riscos, o que impacta a atividade de M&A na região”, acrescentou.
Além disso, no primeiro trimestre de 2025, foram registradas um total de 29 transações de private equity, nove das quais tiveram um valor agregado não confidencial de US$ 1,192 bilhão. O montante representa uma redução de 56% no número de transações e uma queda de 40% no seu valor, em comparação ao mesmo período em 2024.
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