
Após protocolar um pedido de recuperação extrajudicial na quarta-feira (16), o Grupo St Marche entrou com pedido de homologação da reestruturação, que está sendo negociada com seu principal credor financeiro. Os passivos da empresa somam cerca de R$ 528 milhões, segundo a Bloomberg.
O pedido “se mostrou como o caminho viável à sua efetiva reestruturação” sem penalizar outros credores, funcionários e fornecedores, conforme consta no documento.
Um credor que detém mais da metade dos créditos abrangidos do St Marche já negociou, aprovou e assinou o plano, segundo o veículo.
Sobre o St Marche
Fundado em 2002 por Bernardo Ouro Preto e Victor Leal, o St Marche é uma rede de supermercados voltada para consumidores de alta renda.
Com sede em São Paulo, a empresa é controlada pela L Catterton, empresa de private equity apoiada pelo bilionário francês Bernard Arnault, que investiu em 2016 e vinha tentando vender sua participação, segundo a mídia local.
O grupo tornou seu processo de reestruturação extrajudicial público em fevereiro. Na ocasião, foi solicitada uma tutela cautelar de urgência contra seus credores enquanto avaliava alternativas para reestruturar sua dívida.
Americanas (AMER3) admite longo prazo para recuperação
O presidente da Americanas (AMER3), Leonardo Coelho, admitiu que a companhia ainda precisa de vários trimestres para recuperar o crescimento abalado por escândalos de fraude contábil e baixas margens de lucro. “Temos, pelo menos, uns cinco ou seis trimestres pela frente ainda em modo de recuperação”, afirmou o executivo.
As ações da americanas derretiam 29,03% na B3, a bolsa brasileira, às 12h34 (horário de Brasília), cotadas a R$6,87. A baixa veio após publicação do balanço da empresa na noite de quarta-feira (27). “Temos que lembrar o tamanho da crise no início de 2023”, disse Coelho ao ser questionado sobre o desempenho da empresa no final do ano passado.
“Sempre dissemos que é um processo longo. Não se consegue fazer uma recuperação que deixe a companhia preparada para o longo prazo acelerando além do que a ela suporta.”, reforçou. Segundo a diretora financeira, Camille Loyo Faria, a empresa tem esperança de deixar o processo de recuperação judicial em fevereiro de 2026.
A CFO acredita que o prazo é necessário para cumprir “99% do plano”. A ação da companhia chegou a entrar em leilão por oscilação máxima permitida. Faria ainda cita a ausência de efeitos positivos no resultado da empresa como ocorreu no terceiro trimestre do ano passado, quando a companhia reportou lucro líquido de R$10,3 bilhões.
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